Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Insabralde, Larissa de Souza Mello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25960
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Resumo: |
No presente trabalho, analisarei o acolhimento de crianças refugiadas nas escolas, compreendendo este espaço como o primeiro lugar em que as crianças sentem a necessidade de conhecer e falar a língua do país que as recebeu. Para realizar o trabalho, entrevistei uma família de refugiados venezuelanos. No período da investigação, as duas crianças estudavam em uma escola da rede municipal de ensino de São Pedro da Aldeia, no Estado do Rio de Janeiro. Os relatos, vivências e observações estão apresentados em forma de uma narrativa. Apresento, ainda, um retrato do refúgio de crianças venezuelanas no Brasil. Outras histórias também aparecem no texto à medida que incluí falas de crianças refugiadas encontradas em livros e relatórios. Para a elaboração da tese, fiz um extenso e detalhado levantamento de documentação, em nível internacional, regional e nacional, que embasam algumas políticas voltadas para pessoas refugiadas. O levantamento permitiu criar um glossário dos termos que consideramos importantes para compreender as diferentes situações de refúgio. Durante a análise dos documentos, investiguei questões afetas a crianças refugiadas, tais como o multilinguismo infantil e o direito à educação escolar, que ocupam um lugar central no trabalho. Examinei, ainda, os direitos linguísticos no contexto de refúgio, destacando as políticas linguísticas nacionais. Realizei também um levantamento bibliográfico de relatórios publicados por importantes órgãos internacionais, a fim de compreender os desafios da integração de crianças refugiadas aos sistemas educacionais e refletir sobre o papel da língua como instrumento de acolhimento. Para discutir sobre o multilinguismo na infância, apresento um diálogo entre a psicologia, a educação e a linguística a partir das concepções de dois autores bielorrussos: Lev Semionovitch Vigotski e Lev Vladimirovitch Scherba. Apresento também algumas ponderações sobre o ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc), refletindo sobre o ensino de PLAc a crianças refugiadas. Com base nos estudos dos instrumentos legais, relatórios e referenciais teóricos, percebi que os resultados sobre as consequências do deslocamento forçado na educação e no desenvolvimento de crianças refugiadas ainda são pouco estudados. Portanto, esse trabalho destaca a necessidade de que a criança esteja no centro do debate de políticas de refúgio, projetos de acolhimento e ensino de línguas e, principalmente, da pesquisa acadêmica brasileira. |