Construção proporcional na perspectiva da Linguística Funcional Centrada no uso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Thaís Pedretti Lofeudo Marinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25616
Resumo: Esta tese tem como objetivo a descrição e a análise da construção proporcional na atual sincronia da língua portuguesa com base nos pressupostos teóricos da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU). O objeto de investigação constitui a construção proporcional, oracional e não oracional, necessariamente instanciada por microconstruções conectoras, correlatas e não correlatas. À luz da LFCU e das contribuições da Gramática de Construções (GC), adere-se à abordagem construcional da gramática, nos moldes de Goldberg (1995, 2006), Croft (2001) e Traugott e Trousdale (2013). Toma-se o conceito de construção, como a unidade básica da língua, no sentido estabelecido por Traugott e Trousdale (2013). Em conformidade com os pressupostos teóricos da LFCU e da GC, a presente análise se pauta em dados do uso linguístico, da modalidade escrita da língua portuguesa, provenientes do Nexo Jornal, da Folha de São Paulo e da Gama Revista, disponíveis on-line. A partir da hierarquia construcional proposta por Traugott e Trousdale (2013) – esquema, subesquema e microconstrução –, retoma-se o conceito de domínio funcional, pautando-se em Teixeira e Rosário (2016). Assim, com base na análise dos dados provenientes dos corpora identificados, por meio de uma metodologia qualiquantitativa, defende-se a tese de que a construção proporcional integra o domínio proporcional e se materializa linguisticamente como uma comparação escalar e como uma relação de tempo progressivo, em que subjaz a relação de causa e efeito. Com base nas microconstruções (Mcs) conectoras, postulam-se três grupos de microconstruções instanciadas pela construção proporcional, a saber: Mcs comparativo-proporcionais, Mcs temporal-proporcionais e Mcs conformativo-proporcionais. Por meio da análise dos dados, constata-se que (a) o fator sequência tipológica não influencia fortemente a produtividade da construção proporcional; (b) todas as Mcs têm forte inclinação a respeitar a ordenação lógica em que causa precede efeito; (c) as Mcs comparativo-proporcionais podem ser de natureza oracional ou não oracional, enquanto as Mcs temporal-proporcionais e Mcs conformativo-proporcionais somente são oracionais; (d) nas Mcs temporal-proporcionais e conformativo-proporcionais destaca-se, de forma considerável, a ocorrência de conteúdos mais factuais.