Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Juliana Alves Manhães de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11776
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Resumo: |
Introdução: a associação entre hiperuricemia e fatores de risco cardiovascular, especialmente síndrome metabólica e seus componentes tem sido amplamente documentada. A associação entre hiperuricemia e diabetes mellitus, entretanto, é fonte de controvérsias devido a particularidades na excreção de glicose e ácido úrico na dependência do “status” glicêmico vigente. Objetivo: avaliar a prevalência de hiperuricemia e sua associação com diferentes “status” glicêmicos em uma população de adultos adscritos no Programa Saúde da Família (PSF) do município de Niterói. Métodos: foram avaliados de forma transversal 720 indivíduos selecionados dentre os 1098 participantes do estudo CAMELIA (Cardio-metabolico-renal familiar) entre julho de 2006 e dezembro de 2007. Quatro grupos de casos índices foram recrutados: controles, hipertensos euglicêmicos, pré-diabéticos e diabéticos. O grupo controle foi composto de indivíduos normotensos, não-diabéticos e sem pré-diabetes. Hiperuricemia foi definida com ácido úrico > 6,0 mg/dl entre as mulheres e > 7,0 mg/dl entre os homens. P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: a amostra foi composta por 257 controles, 118 hipertensos euglicêmicos, 222 pré-diabéticos e 123 diabéticos. A média de idade foi de 42,4 ± 12,5 anos. Quarenta e cinco (45%) eram do sexo masculino e 30% eram brancos. A prevalência de hiperuricemia foi de 3,9% entre os controles, 7,6% entre os hipertensos euglicêmicos, 14% entre pré-diabéticos e 11,4% entre os diabéticos (com significância estatística em relação aos controles nos dois últimos grupos). Diabéticos com glicosúria mostraram prevalência nula de hiperuricemia, maior excreção urinária de sódio e ácido úrico e maior prevalência de microalbuminúria em comparação aos não-glicosúricos. Conclusões: pré-diabéticos e diabéticos sem glicosúria exibiram taxas de prevalência de hiperuricemia elevadas e similares. Em contraste, os diabéticos com glicosúria apresentaram prevalência nula de hiperuricemia, maior excreção renal de sódio e ácido úrico, e maior prevalência de microalbuminuria. Os resultados podem ser explicados por maior reabsorção tubular proximal nas fases iniciais da disglicemia que é atenuada pelo surgimento de glicosúria e diurese osmótica decorrentes da saturação dos transportadores de glicose |