A fenomenologia-existencial de Simone de Beauvoir: contribuições para a Psicologia Clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Guimarães, Luana de Matos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36488
Resumo: Esta dissertação pretendeu ressaltar a importância da filosofia de Simone de Beauvoir e possíveis contribuições para o campo da psicologia clínica, enfatizando a singularidade de sua apropriação fenomenológica e as articulações que viabiliza. Para isso apresentamos o método fenomenológico, as apropriações na psicologia e as noções fenomenológicas: ‘mundo da vida’, ‘facticidade’ e ‘corpo vivo’ que auxiliam na compreensão de sua perspectiva. Traçamos um caminho a partir da discussão sobre mundo histórico, passando pela ontologia sartriana até desembocar na inversão da tônica da liberdade para a situação em Beauvoir. Esta noção representa a centralidade em sua filosofia, cuja amplitude sustenta a tensão entre liberdade e facticidade, abarcando a interseção de marcadores abrindo um caminho de diálogo com os feminismos e diferentes vozes que falam de sua experiência vivida como corpo vivo. Ressaltamos a concepção de condição humana beauvoiriana apresentando as bases de sua originalidade e independência filosófica na fase moral de sua filosofia, numa análise das obras por si mesmas para apreender sua perspectiva singular e apontamentos para a clínica. Por fim, analisamos pistas para uma prática clínica comprometida com a tensão da situação em O segundo sexo. O rigor da fenomenologia de Beauvoir e a amplitude do conceito de situação nos permitem viabilizar a coalizão entre a noção metodológica de suspensão fenomenológica, que possibilita o aparecer do fenômeno em sua dimensão ontológica, e o reconhecimento do peso do mundo e seus sentidos político-existenciais na experiência vivida no corpo-situação.