Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Cronemberger, Felipe Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33848
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Resumo: |
A grande maioria dos remanescentes florestais da Mata Atlântica se encontram nos relevos montanhosos. O que estabeleceu este padrão? Como ocorreram estes processos? Relacionam-se predominantemente ao histórico de uso ou a fisiografia do relevo? O objetivo deste trabalho é diagnosticar as causas e processos da preservação e degradação da mata atlântica na Serra do Mar no Estado do Rio de Janeiro. Como ferramentas para se desvendar estas causas e processos foram incorporadas ao trabalho as geotecnologias, representadas pelos sistemas de informação geográfica e sensoriamento remotos. A ecologia da paisagem, por meio destas ferramentas, agrega os diferentes fenômenos biológicos, físicos e sociais em um único contexto de estudo, possibilitando uma análise espacial norteada por uma visão abrangente e integradora. A metodologia utilizada foi baseada nas diferentes abordagens da escola russa-soviética de geoecologia da paisagem, em especial os enfoques estruturais e histórico-antropogênico. Para a classificação da paisagem foi utilizada uma metodologia de análise baseada em objeto, utilizando como fonte de dados modelos numéricos do terreno, tais como, Modelos digitais de elevação e grids climáticos, além de mapeamentos temáticos (pedologia e geologia). Sobre uma abordagem da maior para a menor estrutura (top-down), a paisagem foi hierarquizada em táxons, quatro ao todo, sendo cada um separado por classes com relativa homogeneidade de fatores naturais, litológicos, morfológicos e climáticos. Primeiro foram diferenciadas as macro-formas de relevo ou classes, em função de valores de amplitude altimétrica e declividade. Utilizando parâmetros similares foram classificadas as meso-formas de relevo ou grupos da paisagem. Por último as formas de relevo foram diferenciadas de acordo com o clima, litologia e pedologia obtendo assim os subgrupos e as unidades de paisagem. Compondo estas unidades de paisagem foi também monitorada a mudança na cobertura florestal ao longo de 27 anos, utilizando metodologias de análise baseada em objeto, detecção de mudança e processamento digital de imagens, correção e normalização atmosférica e georreferenciamento. A classificação da evolução da cobertura florestal foi realizada utilizando uma análise multitemporal direta por trajetória evolutiva, onde todas as cenas foram classificadas juntas. As classes mapeadas foram: remanescentes florestais, desmatamento e regeneração, entre os anos de 1986/1996/2007 e 2013. Foram observadas altas taxas de desmatamento (até 30%) e preservação (até 95% da área) para cada tipo de paisagem na área de estudo. De forma a agregar as mudanças da cobertura florestal e as unidades de paisagem conclusiva e sinteticamente, foram correlacionados os efeitos das variáveis físicas e topológicas da paisagem com as mudanças da cobertura florestal, e assim explicar os processos de preservação e degradação florestal, através de análise de regressão múltipla e ponderada geograficamente. As variáveis físicas e topológicas conseguiram explicar em grande parte (R²=0,8) algumas das causas para a preservação florestal e mais da metade do padrão de desmatamento (R² = 0,52). |