Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bonilha, Giovane de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
FURG
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8856
|
Resumo: |
A zona costeira sempre se revelou como um atrativo quanto à ocupação, uma vez que seus atributos geomorfológicos favoreceram o uso destes espaços. Estas características tornaram-na uma área propícia e ao mesmo tempo sensível a este processo, ficando sujeita a grandes modificações ambientais. Na zona costeira coincidem diversos tipos de uso da terra que provocam a descaracterização do ambiente costeiro, afetando os sistemas naturais e ocasionando transformações na paisagem. O município do Rio Grande, fundado em 19 de fevereiro de 1737, fica situado na planície costeira e apresenta cerca de 200 mil habitantes. Ao longo do tempo se desenvolveram usos da terra que se mostraram conflitantes com as características físicas da planície costeira, destacando-se a própria área urbanizada, a agricultura e a silvicultura. À medida que os usos da terra se desenvolvem e se expandem, também se intensificam as pressões e os desequilíbrios decorrentes destes usos. Diante destas questões, a presente dissertação tem como objetivo realizar o zoneamento geoambiental do município do Rio Grande/RS, utilizando a Geoecologia de Paisagens. Esta abordagem teórico-metodológica investiga a paisagem apoiando-se na abordagem sistêmica, em que elementos naturais e antrópicos se encontram integrados em uma relação indissociável. Para alcançar o objetivo foi realizada a caracterização do meio físico e da dinâmica socioeconômica, no intuito de reconhecer os elementos que constituem a paisagem. O entendimento sobre a paisagem permitiu a delimitação de áreas homogêneas denominadas de unidades geoambientais, que possuem estrutura e funcionamento próprios, com variações verticais e horizontais. A partir das unidades geoambientais, os enfoques de investigação da paisagem permitiram compreender os mecanismos de fluxo de matéria e energia, dividindo-as em categorias emissoras, transmissoras e acumuladoras. A categorização das unidades geoambientais e a avaliação dos usos da terra, em relação à sua compatibilidade com as características físicas da planície costeira e adequação à legislação ambiental, possibilitaram a determinação dos estados geoecológicos e a classificação da paisagem atual. Os estados geoecológicos indicam a situação da paisagem, em relação às modificações em sua estrutura e funcionamento e, a classificação da paisagem atual, indica o grau de mudanças em relação ao nível de degradação. Com todas estas informações, foi possível elaborar o zoneamento geoambiental, definindo seis zonas distintas nomeadas de preservação, conservação, amortecimento, reabilitação, melhoramento e aproveitamento. A partir do zoneamento geoambiental, foi possível estabelecer normas para um correto ordenamento territorial, buscando a conciliação do meio físico com a dinâmica socioeconômica para satisfazer as necessidades da população e as demandas de fluxo de matéria e energia. Desta forma, os produtos cartográficos gerados ao longo da dissertação podem auxiliar o poder público e os gestores nas tomadas de decisão, visando o desenvolvimento socioeconômico e a proteção ambiental do município do Rio Grande. |