Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Dunder, Mauro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-01022010-171243/
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Resumo: |
A obra inicial de Lídia Jorge, O dia dos prodígios, por meio de um riquíssimo conjunto de imagens e metáforas, constrói ficcionalmente o que seria, na visão de sua autora, a realidade socioeconômica e política de uma parcela significativa da população portuguesa a do Portugal agrário, de pensamento medievalizado e medievalizante, absorto em seu próprio cotidiano e, também por isso, distante das transformações vividas pelo restante do país. Para isso, a escritora cria um ambiente tempo e espaço que carrega marcas ideológicas nas imagens que o constituem, o que caracteriza, assim, o procedimento a que Mikhail Bakhtin deu o nome de cronotopo. Dessa forma, o propósito central desse estudo é identificar, no romance, os elementos espaciais que representem ideologicamente Portugal através dos tempos, com ênfase no pensamento português no contexto da Revolução dos Cravos, e quais traços dessa ideologia são alegorizados por esses elementos cronotópicos, na crença de que, ao identificá-los e compreendê-los, será possível perceber a existência de diferentes graus de importância que teriam sido atribuídos à insurreição de abril de 1974, em diferentes contextos. É também objetivo dessa dissertação descrever os procedimentos narrativos empregados por Lídia Jorge a fim de representar cronotopicamente a sociedade rural portuguesa, uma vez que a geração de prosadores de ficção pós-1974 pautou seu trabalho não só pelo resgate da identidade nacional envolta em brumas ideológicas desde o século XVI , mas também pela ruptura com a estética literária herdada do salazarismo , estética essa tributária da tradição cultural portuguesa, cujos valores mantiveram-se quase intactos ao longo dos séculos. |