Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luiz Eduardo Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/16215
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Resumo: |
O presente trabalho analisa o processo de formação, consolidação e disputas das facções na capital maranhense, principalmente entre o Bonde dos 40 (B.40), o Primeiro Comando do Maranhão (PCM) e o Comando Organizado do Maranhão (C.O.M). Estas facções surgiram no Complexo Penitenciário de Pedrinhas na capital maranhense a partir da rivalidade entre presos advindos do interior do estado e presos oriundos da capital. A partir de fins de 2016 estes grupos locais passam a ser absorvidos pelas facções de alcance nacional que possuem influência sobre o mundo do crime de todo o país. Utilizando o gênero musical denominado funk proibidão, como fonte de pesquisa, deslindamos as rivalidades e alianças que constituem esse universo. Para realizar tal análise fez-se necessário um exame cuidadoso da história das duas maiores e mais antigas facções brasileiras (CV e PCC). O funk proibidão produzido na periferia de São Luís, no estado do Maranhão, segue a linha dos funks que abordam as experiências destas instituições de autorregulação e autodeterminação do mundo do crime, surgidas nos estados do Rio de Janeiro (em fins dos anos 1970) e de São Paulo (início da década de 1990), respectivamente. Estas facções (CV e PCC) hoje possuem alcance nacional. Elegemos 120 proibidões de 13 estados brasileiros, tendo como foco principal o Maranhão, para analisar esse universo. Estes proibidões estão catalogados em fichas catalográficas ao final do trabalho. Diante da análise das letras dos proibidões catalogados, concluímos que a materialidade do funk de facção é a base constituinte de uma forma concreta de socialização de experiências de uma fração da juventude periférica (sujeita a políticas estatais de encarceramento e extermínio), que vê no crime uma possibilidade de ascensão social. Esta juventude agora organizada a partir de uma articulação inédita cadeia-favela, está conectada por redes de alianças e rivalidades que se estendem por todo país. Esta articulação forjou também uma estrutura de sentimento (nos termos de Williams) por eles compartilhada e que se encontra plasmada nos proibidões aqui analisados |