Política habitacional no Rio de Janeiro: conjuntos habitacionais, política de remoção (1964 – 1973) e suas implicações sobre o espaço urbano: Cidade Alta, Cordovil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Corrêa, Mariana Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/23955
Resumo: O problema sob interesse de investigação consiste na questão da habitação social entre 1964 e 1973, respectivamente anos de criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) e de extinção da Coordenação de Habitação de Interesse Social da Área Metropolitana do Grande Rio (CHISAM). Nesse período, instituiu-se uma política habitacional nacional que, no Rio de Janeiro, consistiu basicamente em uma política de remoção sistemática de favelas – o que ocorreu de forma expressiva na Zona Sul da cidade e em parte da Zona Norte – e construção massiva de conjuntos habitacionais – especialmente nas Zonas Oeste e Norte. A presente pesquisa tem por objetivo compreender de que forma as intervenções em termos de habitação social desse período se inseriram nas dinâmicas urbanas que se estabeleciam nos espaços em que foram construídos conjuntos habitacionais. Dessa forma, pretende responder às seguintes questões: A inserção dos conjuntos habitacionais afetou o espaço urbano preexistente e os grupos sociais nele estabelecidos? E os que nele viriam a se estabelecer? Que tipo de transformações nos bairros e em seu entorno podem ter sido geradas a partir da implantação da política habitacional estudada? A pesquisa tem por hipótese que o grupo social que naquele local se estabeleceu imprimiu no espaço suas necessidades, realizando adaptações e transformações no espaço físico-arquitetônico e em seu entorno. Utilizou-se como referência o caso do Conjunto Habitacional Cidade Alta, construído em Cordovil, Zona Norte do Rio de Janeiro, uma área de ocupação tradicional da cidade. Esse projeto, com 2.597 unidades residenciais, foi ocupado em 1969 e visava abrigar famílias removidas de favelas, principalmente aquelas localizadas na Zona Sul. Sua área e a vizinhança sofreram importantes mudanças após a construção do conjunto. A metodologia incluiu a pesquisa em fontes primárias – documentos oficiais, visitas a área e ao entorno, entrevistas, principalmente a moradores do conjunto – e consulta à imprensa. Considera-se que observar as políticas habitacionais num contexto histórico e identificar como a população se apropriou dos espaços urbanos e arquitetônicos resultantes de tais políticas, auxilia na definição de propostas futuras que atendam de maneira mais eficiente a população e beneficiem a sociedade como um todo.