Uso de indicadores de segurança do paciente na análise das etapas de prescrição e dispensação de medicamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fernandes, Flaviane Capistrano Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11098
Resumo: Introdução: os medicamentos são componentes essenciais da assistência no tratamento paliativo, sintomático e curativo de muitas doenças. Entretanto, são os principais responsáveis por reações adversas significativas, erros e eventos-sentinela. Identificar a natureza e a causa dos erros de medicação torna-se fundamental no estabelecimento de medidas preventivas, garantindo a segurança no uso do medicamento e a qualidade do cuidado prestado. Objetivo: analisar o processo de prescrição e dispensação em uma farmácia hospitalar de um hospital público no Estado do Rio de Janeiro, utilizando os indicadores de segurança do paciente. Metodologia: estudo descritivo, prospectivo e quantitativo onde foram analisados 1361 prescrições e 1715 processos de dispensação em uma unidade hospitalar entre os meses de maio a julho de 2018, no sentido de identificar e analisar os erros ocorridos. Os erros encontrados foram quantificados com uso dos indicadores de segurança do paciente propostos pelo Ministério da saúde e foram agrupados por tipos para análise. Resultados: foi encontrada uma taxa de 65,38% de erros de prescrição, sendo os mais frequentes os erros de dose (40,22%), forma farmacêutica (32,27%) e via de administração (12,61%). A cada 100 medicamentos prescritos 18,4 deles apresentaram uso de abreviatura contraindicada, sendo a abreviação de nomes de medicamentos o erro mais recorrente. Em 25 prescrições não havia identificação do médico e 26 não constava a assinatura. Em relação à análise da dispensação, foram encontrados um total de 145 erros, correspondendo a 1,54 % do total de medicamentos analisados. Dentre os erros encontrados, a omissão de medicamentos correspondeu a 60%, medicamentos errados 16,55 %, excesso de medicamentos 12,41%, concentração errada 6,21% e formas farmacêuticas erradas 4,83%. Dos 25 erros de triagem que ocorreram, 24 (96%) deles resultaram em erros de dispensação. Em relação à identificação do paciente nos medicamentos dispensados 90,9 % apresentaram erros. Uma devolutiva foi encaminhada para o hospital onde a pesquisa foi desenvolvida. Conclusão: erros de medicação são riscos presentes nas unidades hospitalares. O conhecimento destes e de suas especificidades permitem aos serviços a implantação de sistemas seguros, organizados e eficazes, reduzindo o erro e mitigando, desta forma, os danos à saúde do paciente