A voz do sertão no romance da pedra do reino de Ariano Suassuna: a estética do cordel e a sagração sertaneja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Morais, Juliana Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8837
Resumo: O objetivo desta dissertação consiste numa análise interpretativa do discurso do sertanejo que subjaz a obra Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971), de Ariano Suassuna. Nesta obra, Suassuna dá voz ao narrador-protagonista, Quaderna, cuja estrutura formal do discurso se baseia nos folhetos de cordel, princípio basilar da comunidade sertaneja de Quaderna. O discurso do sertanejo que conforma a narrativa da obra consiste numa apreensão que se dá em duas dimensões principais, a saber: (i) a narrativa de Quaderna apresenta uma crítica ao Brasil “Oficial” e às suas instituições, correlato da concepção europeia moderna de Estado Nação; e (ii) ela apresenta a viabilidade e positividade de uma comunidade sertaneja, sua dinâmica, simbologia e sentido, como expressão do Brasil “Real”. Nossa análise interpretativa se dá num diálogo entre a abordagem hermenêutico-fenomenológica de Paul Ricoeur e os princípios epistemológicos da sociologia de Gilberto Freyre. Com base nesse diálogo, o horizonte interdisciplinar que congrega sociologia e literatura apreende esta última como ferramenta epistemológica válida para compreensão sociológica. Acreditamos, com isso, poder contribuir para os estudos críticos sobre o sertanejo e, em geral, para os estudos do pensamento social brasileiro