Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Morais, Juliana Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35157
|
Resumo: |
O cerne desta pesquisa de doutorado consiste numa hermenêutica da obra Romance da Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, buscando nela os elementos que configuram um paradigma cultural e epistêmico que estamos denominando por “mundo da peleja”. Nosso intuito reside em argumentar que essa obra tensiona o repertório conceitual homogêneo do Estado-nação ao legitimar histórias e cosmogonias locais situadas à margem de seu projeto mono cultural (modo de ser) e epistêmico (modo de saber), apontando para a conformação de um Estado Plurinacional brasileiro. As evidências dessa premissa residem na dimensão crítica de sua narrativa que problematiza os elementos indicativos de uma dinâmica societária e abstrata (Estado / “sociedade brasileira”), cuja territorialidade e identidade se configuram mediante o paradigma individual-moderno, e seu mundo desencantado e imunizado, ao passo que apresenta o sentido e o destino de uma dinâmica comunitária e relacional, cuja territorialidade e identidade se manifestam mediante a estética performática da peleja presente na tradição literária “cordelizada-cantada” em diálogo com a tradição medicinal “encantada” da Jurema Sagrada. O método, como “caminho” da pesquisa, se estabelece num diálogo entre a hermenêutica fenomenológica de Martin Heidegger, Paul Ricoeur e Hans Georg-Gadamer, a filosofia política de Roberto Espósito, os estudos sobre literatura latino-americana de Antônio Cornejo Polar, Antonio Candido e Luiz A. Fischer, a sociologia de Gilberto Freyre e as abordagens epistemológicas e sociológicas decoloniais, com destaque para Enrique Dussel e Walter Mignolo. Nesse sentido, acreditamos que esta pesquisa poderá contribuir para os debates na área de pensamento social brasileiro e de teoria sociológica. |