Desenvolvimento? Para quem? Relações estratégicas entre empresa e sociedade: o lado obscuro da privatização da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Anádia Oliveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Volta Redonda
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6033
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo analisar as relações estratégicas entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e sociedade de Volta Redonda/RJ no período de 1990 a 1993, época de privatização da empresa, com enfoque à redução dos movimentos populares, sociais e sindicais pós-privatização. Em relação aos procedimentos metodológicos, os dados foram coletados a partir de (1) pesquisa documental; (2) entrevistas; e (3) observação participante. A análise dos dados foi realizada a partir dos procedimentos teórico-metodológicos da análise crítica do discurso de Norman Fairclough, a partir de uma vertente de prática social. Esta pesquisa é importante porque analisou a influência das estratégias de privatização na redução dos movimentos que buscam dar voz, identidade e igualdade à sociedade, além de demonstrar a importância de se considerar os intervenientes de “não-mercado” ao estudar estratégia empresarial. Além de coleta de documentos no arquivo central da CSN, acervo da Cúria Diocesana e documentos fornecidos por dois dos entrevistados, foram realizadas dez entrevistas com atores importantes para o campo da pesquisa, que em análise preliminar, evidenciaram três ordens de discurso: sendo inicialmente tida como CSN “mãe”, como provedora da cidade, posteriormente como CSN “gargalo” da economia, quando desejam legitimar sua privatização, e por último como CSN privatizada, representando a relação atual da empresa com a sociedade. Tais discursos foram utilizados para legitimar os interesses governamentais de cada fase, sendo que o processo de privatização da siderúrgica concentrou-se principalmente no discurso de CSN “gargalo” e problema social, ressaltando a utilização de estratégias sociais, soft power e hard power, com os atores de não-mercado da CSN, visando a naturalização da privatização e consequentemente redução das movimentações sociais.