É a parte que te cabe deste latifúndio: um estudo sobre a dimensão fundiária da privatização da Companhia Siderúrgica Nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Michel Couto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CSN
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28053
Resumo: Volta Redonda se desenvolve como cidade modelo de um Brasil industrializado e moderno junto com a Companhia Siderúrgica Nacional. Um dos maiores símbolos do nacional-desenvolvimentismo, a cidade acompanhou uma série de reestruturações que culminam na privatização da empresa em 1993, e também de parte considerável de seu espaço, que foi cercado e apropriado em um conflituoso processo de disputas políticas inscritos em complexas relações entre empresa, município e sociedade civil. Tomamos por conceito central a Acumulação por Espoliação de David Harvey em diálogo com a noção de produção capitalista do espaço de Henri Lefebvre com o objetivo de, a partir do estudo de caso e diálogo com os conceitos-acessório, entender como esses processos de espoliação incidem em alterações de uso, e também em uma produção do espaço cada vez mais norteada pelo valor de troca. A reconstituição da produção do espaço da cidade se fez em diálogo com o entendimento de Milton Santos do espaço como acumulação desigual de tempos e do método regressivo-progressivo de Henri Lefebvre. Tal tarefa teve por objetivo identificar quais os tempos convivem no plano cotidiano que estudamos. A partir dos documentos e entrevistas que nos foram possíveis, apresentamos a judicialização dos conflitos que envolvem as terras e mapeamos os principais casos que envolvem terrenos, floresta, casas, edifícios, hospitais, campos de futebol e clubes cercados que materializam a dimensão fundiária da privatização da CSN.