Privatização e política neoliberal: a resistência da categoria bancária no processo de privatização do Banespa (1995-2000)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Oliveira, Humberto de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95094
Resumo: Esta pesquisa tem como tema investigar a resistência da classe trabalhadora bancária do Banespa contra a privatiza;ão da instituição no contexto da política neoliberal adotada no país. A pesquisa priorizou, especificamente, investigar a atuação da entidade representativa dos trabalhadores do Banco do Estado de São Paulo, a Afubesp-Associação dos Funcionários do Banespa. Destaca-se o movimento de resistência promovido pela associação dos trabalhadores, mobilizando a categoria bancária para impedir a privatização do banco. Neste processo, percebemos uma luta de classes entre capital e trabalho. Debatemos,nesta pesquisa, a conscientização política da vanguarda do movimento bancário, pois sua ofensiva possibilitou uma resposta positiva a sua atuação, juntamente com o sindicato da categoria em favor dos banespianos. Neste contexto, resgatamos um balanço histórico do movimento de resistência bancária, propondo uma análise crítica frente à mobilização desta categoria de trabalhadores. A relevância do estudo aponta para a análise de dados significativos sobre as transformações nas relações do trabalho bancário e enfoca a atuação de organismos de representação dos trabalhadores e do sindicato da categoria bancária, trazendo à memória valores intrínsecos à consciência de classe dos trabalhadores e da sua particularidade. Destaca,também, a pesquisa, que as formas de resistência adotadas pelos trabalhadores bancários, permitiu agir com procedimentos legais e jurídicos que possibilitou resistir à venda da instituição para um grupo financeiro privado, justificando sua ofensiva e promovendo um debate com vários setores da sociedade civil, chamando atenção para aquele momento singular da história brasileira, trazendo à tona discussões político-ideológicas em torno de interesses antagônicos.