Carmen Sotillo: o dogmatismo feito mulher. Uma leitura de Cinco horas con Mario, de Miguel Delibes
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-graduação em Letras
letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/19534 |
Resumo: | A presente dissertação de mestrado faz uma leitura de Cinco horas con Mario (1966), de Miguel Delibes (1920-2010), escritor espanhol de reconhecida importância no panorama da literatura espanhola contemporânea. Trata-se de um romance escrito em meio à ditadura franquista e publicado, na Espanha, em 1966. Sua personagem central é Carmen, mulher amargurada que vela o cadáver do marido e faz, durante as cinco horas em que permanece a sós com o marido morto, uma retrospectiva de sua vida conjugal, em uma alucinante torrente de palavras com que procura inutilmente esconder seu sentimento de culpa pelo quase adultério cometido e o desesperado pedido de perdão ao marido morto. A viúva representa a voz do franquismo e critica os ideais políticos e religiosos do marido, um seguidor do Concilio Vaticano II. Na voz da narradora, o autor recria o discurso da ideologia de Franco e do Nacional Catolicismo, o que a deixa acima de qualquer suspeita para a censura da época. A estratégia narrativa de Delibes está na fala de Carmen: enquanto a narradora revela os ideais franquistas, ela também deixa entrever, em sua crítica ao pensamento e as atitudes de Mario, os ideais de liberdade e fraternidade que se mantinham vivos em uma fração da sociedade espanhola. Palavras- |