A lira enlevada do ritmo: uma abordagem semiótica

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Silva, Leonardo da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Ritmo; Semiótica Tensiva; Teoria da Literatura; Performance; Literatura e canção; Semiótica; Teoria da literatura; Rhythm; Tensive Semiotics; Theory of Literature; Literature and song
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21886

Esta tese investiga algumas das principais reflexões teóricas contemporâneas acerca do conceito de ritmo, nos campos da linguística, semiótica, poética e teoria da literatura, para compreender os efeitos de sentido criados no discurso. Busca compreender diferentes configurações conceituais, com pontos de aproximação e distanciamento entre elas, observando os movimentos de retomada e avanço das ideias que atravessam tal discussão. O marco inicial desta pesquisa é a crítica à noção de ritmo de Émile Benveniste (2005), que foi retomada posteriormente por Henri Meschonnic (1982). Nosso estudo dialoga, ainda, com o pensamento de Octavio Paz (1982; 1984) e o de Hans Ulrich Gumbrecht (1994; 2012). Cotejando as formulações conceituais desses teóricos com a proposta do conceito de ritmo apresentada pela vertente tensiva da teoria semiótica do discurso (ZILBERBERG, 1990, 2001, 2006, 2010, 2011), o objetivo desta tese é aferir o alcance teórico e metodológico da contribuição dos estudos sobre a tensividade para as pesquisas que abordem o ritmo. Mais especificamente, pensa-se o ritmo em dois eixos, que envolvem as materialidades discursivas e a dimensão dos afetos: a produção e a recepção dos textos. Como motivo para as análises, ou argumento, foram destacados os seguintes objetos: o conto O jantar, de Clarice Lispector, o poema No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade, e a canção Vapor Barato, de Jards Macalé e Waly Salomão, interpretada por Gal Costa