Redes que formam as gestoras escolares e os mares, marés e marolas que elas enfrentam

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Cansi, Patrícia Gama Temporim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37724
Resumo: A partir de conversas com sete gestoras escolares da Educação Básica pública dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e das memórias da autora, que já ocupou esse cargo, esta tese apresenta narrativas de práticas comuns que refletem como essas profissionais se formam a partir das suas redes educativas. Metaforicamente, o texto articula as redes educativas com as redes de pesca e o mar. Junto à proposta das pesquisas dos cotidianos escolares, este trabalho precisou recalcular a rota, pois a intenção inicial era compreender como, ao longo da carreira, as gestoras aprendiam a desenvolver as funções próprias do cargo. No entanto, durante as conversas, as denúncias das opressões vividas por elas sobressaltaram e não puderam ser negligenciadas. A chegada da lógica do neoliberalismo à escola, bem como seus desdobramentos e a hegemonia dos conceitos mercadológicos de competição e comparação como táticas cotidianas, entre outras imposições, ecoou na voz dessas servidoras públicas. Nesse sentido, a pesquisa não rechaçou as intenções iniciais, porém, por meio da escuta sensível, trouxe novos elementos. Assim, esta tese propõe um debate sobre redes educativas, gestão dos direitos básicos na escola, formação das gestoras, risco à democracia e violências que são administradas por essas profissionais no dia a dia das escolas. Também, anuncia-se as maneiras como se aprende a ser gestora pela via da escuta e das relações sociais empáticas. O aporte teórico é composto por Michel de Certeau, Nilda Alves, Jacques Ranciére, Carlos Eduardo Ferraço, Maria da Conceição Soares e outros.