Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barros, Matheus de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28571
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Resumo: |
O objetivo da pesquisa proposta é elaborar um estudo comparativo entre as obras do jornalista peruano José Carlos Mariátegui (1894-1930) e do sociólogo brasileiro Florestan Fernandes (1920-1995). Diante dos desafios sociais, econômicos e políticos impostos por seus contextos nacionais, em particular, e latino-americano, em geral, cada um dos autores lidou de forma crítica e criativa com a teoria marxista, rompendo com as concepções lineares de progresso características das formulações stalinistas e das teorias da modernização de seus contextos, contribuindo, desta forma, para a conformação de uma crítica dialética da modernidade a partir da periferia do Ocidente. Mariátegui e Fernandes analisaram em suas respectivas obras questões similares tais como: o colonialismo enrazaido nas formações sociais latino-americanas, a existência de uma burguesia nacional pró-imperialista, o amalgama entre formas capitalistas e pré-capitalistas de exploração, a combinação entre subdesenvolvimento e dependência e o caráter complementar das modalidades de dominação étnico-racial e de classes. Nesse sentido, objetivo fundamental da pesquisa é perseguir a forma como esses autores articularam a variável étnico-racial à materialidade da luta de classes. Empreendimento esse que singulariza a obra de Mariátegui e Florestan, os colocando em contradição com a “ortodoxia marxista” e conferindo-lhes uma posição de originalidade e singularidade no campo do materialismo histórico. Ao longo da análise, ressaltaremos não apenas as convergências, mas também as diferenças entre as ideias dos autores, sobretudo com base nas especificidades dos contextos históricos nos quais foram concebidas, analisando a forma peculiar com que ambos incorporaram a tradição marxista e se afastaram de visões eurocêntricas de suas sociedades. |