Associação entre a composição corporal analisada por bioimpedância e o nível da pressão arterial nos pacientes em hemodiálise crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Henriques, Amanda Bedran Tutungi Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9011
Resumo: Introdução. Pacientes em hemodiálise crônica (HD) têm grandes dificuldades em controlar a pressão arterial (PA) quando a principal causa de elevação da mesma é a hipervolemia. O principal objetivo deste estudo foi analisar a associação entre a composição corporal, determinado por bioimpedância espectroscópica (BIE) e o nível da PA nos pacientes em HD. Métodos. Estudo transversal com análise de dados coletados dos pacientes em programa regular de HD, no momento em que foram submetidos à BIE pela primeira vez, entre janeiro de 2011 a setembro de 2012. Os parâmetros de hidratação considerados foram: TAFO (time-averaged fluid overload) e a diferença entre o peso em normoidratação e o peso pós-diálise médio nas quatro semanas que antecederam a aferição, sendo este o estado de hidratação pós-HD. Estes valores foram comparados aos níveis de PA nas quatro semanas que antecederam à avaliação por BIE. Resultados. Um total de 3.358 pacientes foram incluídos neste estudo. Quando analisados os valores de PAS pré-HD com TAFO e com estado de hidratação pós-HD, observou-se uma fraca correlação entre os mesmos (r=0,14 e p<0,0001; r=0,09 e p<0,0001; respectivamente). Porém, quando comparados os valores de PAS pós-HD com TAFO e o estado de hidratação pós-HD, observou-se uma melhor correlação com r=0,23 e p<0,0001; r=0,21 e p<0,0001; respectivamente. TAFO (mediana [intervalo interquartil]) foi maior em homens do que mulheres (0,7 [-0,5 a 2,2] e 0,0 [-1,1 a 1,1], respectivamente; p<0,001). Houve uma correlação inversa entre TAFO e IMC (r=-0,23, p<0,0001) e entre o estado de hidratação pós-HD e IMC (r= -0,29, p<0,0001). O estado de hidratação pós- HD (litros) variou significativamente de acordo com as faixas de IMC: 0,1 [-1,0 a 1,1], -0,3 [-1,3 a 1,0], -1,0 [-1,9 a 0,5], -1,3 [-2,8 a -0,5] e -2,1 [-3,0 a -0,9], em pacientes com IMC <18,5, 18,5-24,9, 25,0-29,9, 30,0-34,9 e ≥35,0 kg/m2, respectivamente. Conclusão. Houve uma fraca correlação entre os parâmetros de hidratação, definidos por BIE, e os níveis de pressão arterial nos pacientes em HD crônica avaliados. A correlação inversa entre IMC e TAFO e IMC com estado de hidratação pós-HD pode ser atribuída a um viés na estimativa do peso em normoidratação pelo aparelho de BIE