Ação do vírus da artrite encefalite caprina (CAEV) e egentes bacterianos na contagem de células somáticas em leite de rebanhos caprinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Lídia Maria Marques dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
CCS
CTB
SCC
TBC
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28789
Resumo: A Artrite Encefalite Caprina (CAE), infecções por micro-organismos do gênero Mycoplasma e as mastites bacterianas causam impacto econômico considerável sobre a caprinocultura leiteira. Por esta razão, o presente estudo teve por objetivo determinar a prevalência destas três infecções em rebanhos caprinos leiteiros do Estado do Rio de Janeiro e avaliar a influência do Vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAEV) sobre a qualidade microbiológica do leite, através da contagem de células somáticas (CCS), contagem total de bactérias (CTB) e isolamento bacteriano. Foram coletadas amostras de sangue e leite de cento e trinta e oito (138) cabras das raças Saanen e Parda Alpina de nove rebanhos distintos. Para o diagnóstico da CAE, diferentes métodos foram comparados: imunodifusão em gel de agarose (IDGA), "nested"-PCR do sangue e "nested"-PCR do leite. Já a presença de micoplasmose foi avaliada através de PCR e isolamento de amostras de leite e ELISA a partir do soro sanguíneo. Das cabras analisadas, 47,83% (66/138) apresentaram resultado positivo para CAE. A IDGA mostrou-se o teste mais sensível (P<0,05), com 43,48% (60/138) de positividade, seguido da "nested"-PCR do sangue, 26,81% (37/138) e "nested"-PCR do leite, 10,87% (15/138). Não houve diferença (P>0,05) entre a CCS média de animais negativos e positivos para CAE, de 2.311 mil e 2.242 mil células/mL de leite, respectivamente. Não foi observada correlação (P>0,05) entre a positividade para CAE e o isolamento bacteriano, positivo em 50% das amostras (69/138). Não houve diferença (P>0,05) entre a CCS média de animais negativos e positivos no isolamento, de 1.942 mil e 2.389 mil células/mL de leite, respectivamente. Em uma amostragem de cinco rebanhos, a média da CTB foi 947.000 UFC/mL de leite, havendo forte correlação entre CTB e CCS, sendo Staphylococcus Coagulase Negativa a bactéria mais isolada (53,49%). Foram evidenciados animais positivos para Mycoplasma agalactiae em um dos rebanhos analisados, com 10% (2/20) de positividade no isolamento, 20% (5/20) na PCR e 85% (17/20) no ELISA indireto, sendo o primeiro relato da ocorrência de M. agalactiae no Estado do Rio de Janeiro e fora da região nordeste brasileira. A avaliação destes resultados permite que se afirme que a CAE está amplamente disseminada no Estado do Rio de Janeiro e que a CCS não serve de critério para avaliar mastite subclínica em cabras, devendo ser associada à CTB.