Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Santos, Bruna Parapinski dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-18092013-164557/
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Resumo: |
A Artrite Encefalite Caprina (AEC) é uma lentivirose multisistêmica que tem a glândula mamária caprina como um dos alvos lesionais da doença. Pode causar uma manifestação mamária específica, chamada de mastite endurativa, além da mama representar uma importante via de eliminação do vírus, mesmo em animais que não apresentam a forma clínica. Considerando-se a possibilidade desta virose, cuja célula alvo predominante é o monócito, levar a alterações imunológicas que influenciem a susceptibilidade do animal a outras doenças, objetivou-se avaliar essa interação do vírus e da imunidade do hospedeiro por meio de fenotipagem, fagocitose e produção de Espécies reativas de oxigênio (ERO) e dos mecanismos de morte das células sanguíneas e lácteas de cabras naturalmente infectadas. Para isso 200 cabras foram triadas e, destas selecionadas oito fêmeas não sororreagentes e dez sororreagentes na pesquisa de anticorpos séricos para AEC, dentro dos padrões hematológicos da espécie e com dois exames bacteriológicos do leite negativos. O leite e o sangue colhido destes animais foram submetidos às seguintes provas: fenotipagem dos leucócitos CD4+, CD8+, CD14+, PG68A+ e CD45+, fagocitose de Staphylococcus aureus e de Escherichia coli por células CD14+ e PG68A+, produção de ERO e marcação com Anexina-V e Iodeto de Propídeo (PI) por granulócitos e células mononucleares. A infecção pelo VAEC pode ser associada a um aumento de células CD14+ no leite, mas não no sangue. Os outros perfis celulares não sofreram alterações. Quanto a função fagocítica, o vírus reduziu a porcentagem de fagocitose de Staphylococcus aureus por granulócitos PG68A+ do leite. Esta alteração não ocorreu na fagocitose de Escherichia coli e na produção de ERO dessas células, nem na fagocitose e produção de ERO pelas células CD14+ ressaltando que nesses processos a espécie bacteriana pode sofrer interações com o vírus ou mesmo com a resposta imune do organismo infectado. O VAEC não influenciou significativamente os mecanismos de morte ora investigados, mas a tendência dos resultados sugere que possa haver indução de morte por apoptose e/ou por necrose nos granulócitos do sangue e influenciar no processo de necrose destas células no leite, sem alterar esses processos nas células mononucleares. Ressalta-se a importância da interação monócito-neutrófilo na glândula mamária, principalmente nos animais sororreagentes para AEC, mesmo na ausência de mastite bacteriana. |