Utilização de um novo dispositivo isocinético orientado por software para o treinamento muscular inspiratório em desmame ventilatório prolongado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guimarães, Bruno Leonardo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26344
https://dx.doi.org/10.22409/PPGCM.2021.d.08294959758
Resumo: Introdução: É bem estabelecido que o condicionamento físico aumenta o rendimento oxidativo e promove um melhor desempenho das atividades laborais tanto em sedentários quanto em atletas. Nesse particular, exercícios específicos para os músculos respiratórios podem resultar em melhor desempenho funcional em indivíduos hospitalizados com benefícios, em especial, para pacientes críticos em desmame ventilatório prolongado. Objetivo: Testar se a utilização de um programa de treinamento muscular inspiratório (TMI) com dispositivo eletrônico de carga resistiva melhora o desempenho muscular respiratório, o sucesso no desmame e a sobrevivência na unidade de terapia intensiva (UTI). Métodos: Estudo prospectivo randomizado controlado, realizado na UTI do Hospital Naval Marcilio Dias da Marinha do Brasil (HNMD), Rio de Janeiro, Brasil, de janeiro de 2016 a setembro de 2018. Foram recrutados pacientes traqueostomizados, com idade entre 18 e 86 anos, em desmame prolongado. Os participantes foram designados para TMI (grupo intervenção) ou um protocolo de peça T tradicional (grupo controle). No grupo TMI, os participantes foram submetidos a treinamento muscular com dispositivo eletrônico de treinamento inspiratório (POWERbreathe® K5, Technologies Ltd, Birmingham, Inglaterra). Foram comparadas as mudanças na força muscular respiratória e as taxas de sucesso no desmame e sobrevida na UTI entre os grupos. Na nossa hipótese de trabalho, os pacientes sob TMI teriam melhor desempenho. Resultados: Quarenta e oito participantes do grupo TMI e 53 do grupo controle foram incluídos na análise final. O TMI foi associado a um ganho substancialmente maior na força muscular, conforme avaliado pela pressão inspiratória máxima (PImáx), -70,5 (51,0 - 82,5) cmH2O vs. -48,0 (36,0 - 72,0) cmH2O, P= 0,003 e pelo índice de esforço inspiratório cronometrado (TIE) 1,56 (1,25 - 2,08) cmH2O/s vs. 0,99 (0,65 - 1,71) cmH2O/s, P= 0,001. Os resultados no 60º dia de UTI foram significativamente melhores no grupo de intervenção em relação ao sucesso no desmame (74,8% vs. 44,5%, P= 0,001) e à sobrevivência (71,1% vs. 48,9%, P= 0,030). Conclusões: O uso de um programa de TMI com um dispositivo de carga resistiva eletrônico foi associado a ganho substancial de força muscular e impactos positivos em dois desfechos clínicos muito relevantes: o sucesso no desmame e a taxa de sobrevivência na UTI