Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Miliosse, Bruna de Mello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/7973
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Resumo: |
Justificativa: A literatura conta com descrição de alterações eletrocardiográficas provenientes do uso de quimioterápicos no tratamento do câncer, mas faltam dados que possam vir a correlacionar tais alterações com o aparecimento de cardiotoxicidade. Objetivos: Avaliar mudanças no eletrocardiograma (ECG) e no ecocardiograma (ECO) basais durante e após o uso de quimioterápicos, comparar as principais alterações encontradas e correlacionar dados eletrocardiográficos com os encontrados no ECO. Método: Estudo retrospectivo observacional com avaliação de banco de dados de 112 pacientes do setor de cardio-oncologia do Hospital Universitário Antônio Pedro. Foram excluídos 59 prontuários por não apresentarem dados completos e incluídos na pesquisa um total de 53 pacientes. Feita avaliação de ECG e ECO em três momentos distintos (antes do início da quimioterapia, após a primeira sessão e após 9 a 12 meses da primeira sessão). A variação ao longo dos três momentos para dados numéricos foi analisada pela ANOVA de Friedman e pelo teste de comparações múltiplas de Nemenyi, e para variáveis categóricas pelo teste de McNemar corrigido. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para associações entre variáveis numéricas. Adotou-se o nível de 5% para significância. Resultados: O grupo de estudo foi composto por 2 homens e 51 mulheres. Em relação à etnia, 19 (35,8%) eram brancos, 17 (32,1%) eram pardos e 17 (32,1%) afrodescendentes. A média de idade foi de 53,7 anos. A média do índice de massa corporal (IMC) foi de 28 kg/m². Houve prolongamento patológico do intervalo QT em 3 pacientes (5,7%) no segundo momento de avaliação (M2) e no terceiro momento de avaliação (M3) com p>0,05. Observou-se aumento da amplitude da onda P (p<0,05) entre o primeiro momento de avaliação (M1) e o M3. Apenas 2 pacientes (3,8%) apresentaram inversão de onda T no M2 e 6 (11,3%) apresentaram no M3 (p<0,05). Constatou-se a diminuição da duração do complexo QRS nos momentos M2 e M3 (p<0,05). Um total de 5 pacientes (9,4%) apresentou queda da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) pelo método de Teicholz no M2 e 12 (22,6%) apresentaram entre os momentos M1 e M3 (p=0,002). Não foram observadas taquiarritmias ou extra-sístoles. Conclusões: No presente estudo, constatou-se o aumento da amplitude da onda P, estreitamento do QRS, inversão de onda T e queda da FEVE com significância estatística nos pacientes em uso de quimioterápicos (p<0,05). Observou-se que não existe correlação significativa, entre a variação da FEVE com nenhum parâmetro do eletrocardiograma |