Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Alvarenga, Débora Jardim Messeder |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36413
|
Resumo: |
A adolescência é um período de susceptibilidade para o início do uso de etanol, caracterizado por alterações comportamentais que contribuem para o desenvolvimento do transtorno relacionado ao abuso de substâncias. A exposição gestacional ao álcool pode promover danos ao desenvolvimento encefálico e causar consequências comportamentais que se estendem ao longo da vida. Uma vez que o sistema endocanabinoide é capaz de modular os efeitos hedônicos do etanol, os receptores endocanabinoides poderiam ter um papel na modulação de diversos comportamentos observados após a retirada de etanol em camundongos adultos expostos ao etanol durante a adolescência e/ou no período neonatal. Para isso, camundongos Swiss fêmeas e machos receberam três injeções intraperitoneais (ip) de solução salina (NaCl 0,9%) ou etanol 2g/kg entre os dias 4 e 8 pós-natal (PN). Entre os dias PN35 e 49, os animais foram submetidos ao protocolo de livre-escolha de etanol 10% ou água. Os animais dos grupos controles receberam apenas água. Entre os dias PN50 e 53, os camundongos foram avaliados nos testes labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto (CA) e reconhecimento de objetos (RO). Trinta minutos antes de cada teste, os animais foram tratados com o agonista não seletivo para os receptores CB1 e CB2 (WIN 55,212-2, 0,25 mg/kg, ip) ou com o agonista inverso CB1 (AM251, 1 mg/kg, ip) ou apenas solução veículo (NaCl 0,9%, DMSO 10% e Tween80 0,1%). A exposição neonatal ao etanol reduziu o ganho de massa corporal durante o início da vida nos camundongos machos, não afetou o consumo crônico ou preferência por etanol em ambos os sexos, mas diminuiu a ingesta total de líquidos. No LCE, o tratamento com AM-251 apresentou um aumento na porcentagem de entradas e de tempo nos braços abertos. No CA, observou-se diferenças quanto a locomoção total entre sexos, com fêmeas tendo um maior perfil de locomoção. O tratamento com WIN 55,212-2 aumentou a latência para 1ª entrada na região central e melhorou a memória de habituação dos animais. Esses dados demonstram efeitos gerados pela modulação do sistema endocanabinoide; alterações comportamentais causadas pelo etanol, diretamente ligado ao período no qual ocorre a exposição ao etanol (neonatal ou adolescência); e que o dimorfismo sexual é um fator determinante. |