Para aprendermos a história sem nos fatigar: a tradição do antiquariado e a historiografia de Gilberto Ferrez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lenzi, Maria Isabel Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/282
Resumo: A tese tem como objeto de estudo a historiografia de Gilberto Ferrez e como fonte principal os documentos de seu arquivo pessoal existente no Arquivo Nacional, além de suas obras publicadas e pareceres para o SPHAN. O trabalho se insere no campo dos estudos da história da escrita da história e caracteriza como a obra de Gilberto Ferrez exemplifica o antiquariado enquanto forma de construção do conhecimento histórico. Discute também de que maneira esse modelo se mantém atual, contrariando a tendência a vê-lo apenas enquanto uma expressão da Época Moderna. Para definição do antiquariado, nos valemos de conceitos desenvolvidos por Arnaldo Momigliano. Considerando que Gilberto Ferrez também foi um colecionador notório, a pesquisa evidencia de que modo a prática de colecionar se constituiu como a base de sua formação de pesquisador em história, definindo o documento de época, sobretudo imagens, como objeto de estudo principal da História. Ao lado disso, a partir de Michel de Certeau, discute-se o lugar social da construção de sua historiografia, demarcando sua participação no IHGB e no Conselho Consultivo do SPHAN e sua rede de colaboração, descrevendo um ambiente de sociabilidade intelectual marcada por laços pessoais. Em seguida, a tese discute suas práticas de pesquisa, explorando os trabalhos publicados, os pareceres produzidos para o SPHAN e a correspondência mantida com seus pares. É apresentada ainda uma interpretação de sua leitura da história do Brasil como memória da civilização europeia, associada a estrangeiros que viveram no Brasil