O hibridismo de Férrez em Deus foi almoçar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Thais de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-22012021-194750/
Resumo: O romance Deus foi almoçar (2012), de Ferréz, se destaca pela sua singularidade em relação às demais produções literárias do escritor paulista, que comumente se identifica e é identificado como representante da chamada \"literatura marginal\". O romance em foco traz uma aparente ruptura com relação às suas obras anteriores que se sobressai no esvaziamento de índices espaciais e temporais, na intensa subjetividade e em um simbolismo que se expande ao longo do desenvolvimento do texto. Deus foi almoçar contrasta com, por exemplo, o romance inaugural de Ferréz, Capão Pecado (2000) e os livros de contos Ninguém é inocente em São Paulo (2006) e Os ricos também morrem (2015). Para melhor compreensão da extensão e dos limites do hibridismo representado por Deus foi almoçar, assim como dos seus efeitos, o presente trabalho propõe, além de esmiuçar a obra em uma análise crítica de aspectos de sua estruturação formal, considerar a reflexão metaficcional no contraste do romance em foco com as demais obras de Ferréz e o panorama da literatura contemporânea brasileira. Sob a luz do debate entre a crítica marxista em torno de Frederic Jameson e a teoria pós-colonial, pensaremos o seu percurso literário como uma estética em constante diálogo com a realidade que o cerca.