Por uma hospitalidade comparada: World Literature e Literatura Comparada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fidalgo, Larissa Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24922
Resumo: O presente trabalho é um posicionamento sobre o que significa fazer um estudo comparado num cenário marcado pela reemergência do conceito de weltliteratur goethiano como World Literature no mundo anglófono. Que tipo de experiência histórica e cultural teríamos caso nossos guias fossem os roteiros desenhados por Damrosch, Moretti e Casanova? É importante ressaltarmos que a motivação para tal questionamento é entender o que é oferecido por cada um deles e quem são os destinatários de tais projetos. Afinal, se para Casanova (2002) os “escritores que criam em línguas muito desprovidas de tradições próprias não teriam acesso à existência literária”; e se para Damrosch (2003), a escrita de Dante era e ainda pode ser considerada World Literature por suas características universais, gostaríamos de pensar sobre as diferentes subjetividades que são ativadas a partir dos referidos modos de compreensão acerca do conceito de World Literature hoje. Quais são os lugares a partir dos quais a reativação da ideia de World Literature emerge? Qual seria a validade de uma dimensão universal que (não) abarcaria os interesses dos mais diversos cenários de enunciação? Se as teorias viajam, qual papel foi representado por tais teorias nos lugares para onde elas foram exportadas? Quais são as relações entre os locais geoistóricos e a produção dos saberes? Ao pensarmos sobre tais questões, veremos que os trabalhos acima citados nos colocam diante da (im)possibilidade de conhecimento do que é (são) o(s) mundo(s), e do que são os lugares. Isto é, do que são as redes de circulação que a cultura e a literatura estabelecem e configuram para além de suas fronteiras geográficas.