Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Victor Ramos da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/2934
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Resumo: |
Esta pesquisa objetiva investigar o processamento psicolinguístico da forma verbal Present Perfect em aprendizes de língua inglesa (iniciantes, intermediários e avançados) comparados a falantes nativos monolíngues, assumindo a perspectiva de sistemas de memória declarativa e procedimental (ULLMAN, 2001; 2004; 2005; 2013) e testando as evidencias apresentadas por Clahsen e Felser (2006) sobre como uma nova língua pode ser processada comparando-se resultados de nativos e não nativos em tarefas cognitivas envolvendo a língua alvo. O experimento proposto é dividido em duas partes. A primeira parte é uma tarefa off-line controlada chamada aqui de Sentence Picture Matching com parâmetro cronométrico, desenvolvido no programa PsyScope e respondida com uma caixa de resposta. Nessa tarefa, o participante tinha de escolher, entre duas sentenças, aquela que melhor descrevia uma imagem apresentada anteriormente, durante 5 segundos, e o programa capturava o tempo de reação durante as rodadas. São 24 rodadas nesta tarefa: 8 experimentais e 16 distratoras. Os estímulos experimentais foram divididos em duas categorias – aquelas próximas a um correlato em português e aquelas sem um correlato automático na língua portuguesa. Esse fato nos fez dividir os participantes em dois subgrupos (organização experimental entre sujeitos), em que os 70 participantes (10 nativos monolíngues, 20 aprendizes avançados, 20 aprendizes intermediários e 20 iniciantes) foram redivididos ao meio em dois subgrupos chamados de “semelhante” (sentenças com correspondente em português) e “não semelhante” (aquelas sem tal correspondência). A segunda parte do experimento é uma tarefa off-line simples, respondida com caneta e papel. O participante tinha de fazer o mesmo, selecionar uma sentença que melhor descrevesse uma imagem; mas, agora, tendo de justificar a seleção. O número de rodadas foi diminuído para 5 estímulos experimentais e 10 distratoras de forma a evitar exaustão do participante. Os resultados da primeira parte do experimento indicaram que, em número de respostas corretas, não houve diferença significativa entre aprendizes avançados e falantes monolíngues nativos [F1 (1,20) = 4,31; p<0,05); mostrando-nos o comportamento ‘tal como nativo’ (FERNÁNDEZ, 2005), embora o tempo gasto tivesse diferença significativa, em ‘semelhante’, 1,244 segundos [F1 (1,20) = 4,31; p<0,05) e, em ‘não semelhante’, 4,58 segundos [F1 (1,20) = 9,14.; p<0,05). O nível de escolhas corretas caiu significativamente – 57% de escolhas corretas para ‘não semelhante’ e 50% em ‘semelhante’ para aprendizes intermediários de inglês; 43% de escolhas corretas para ‘não semelhante’ e 52% para ‘semelhante’ nos iniciantes. A diferença entre ‘semelhante’ e ‘não semelhante’ não apresentou diferença significativa, (x² = 0,57, p>0,321), para intermediários e (x² = 1,27, p>0,2025) para iniciantes, indicando que esse aspecto é relevante apenas para velocidade de processamento, no qual ambos os grupos alcançaram diferenças significantes: 1,596 segundos para o grupo intermediário [F1 (1,20) = 4,72,; p<0,05) e 4,349 segundos para o grupo de iniciantes [F1 (1,20) = 6,28; p<0,05). A análise da parte escrita do experimento (tarefa off-line / pós-teste) mostrou que 25% (semelhante) e 9,523% (não semelhante) dos nativos monolíngues tiveram comportamento metalinguístico contra 66,66% e 76% dos aprendizes avançados, 19,23% e 12,5% dos aprendizes intermediários e, finalmente, 38,88% e 18,18% dos iniciantes. Esses resultados e a análise qualitativa das respostas dadas nos mostraram que aprendizes avançados tendem a focar mais em regras estruturais, resultando em escolhas corretas, mas o tempo gasto não é próximo ao de um nativo monolíngue. Esse fato nos fez inferir que falantes nativos lidam com menor uso da memória declarativa (em função da procedimental) e não nativos a usam mais |