Discursos ultramontanos no Brasil do século XIX: os bispados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Coelho, Tatiana Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói, RJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14029
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar o discurso ultramontano no Brasil durante o século XIX, tendo por corte geográfico as Dioceses de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Abordamos a figura dos bispos Dom Antônio Ferreira Viçoso, Dom Antônio Joaquim de Mello e Dom Pedro Maria Lacerda, que se tornaram os personagens principais desta tese, pois, durante o século XIX, foram consagrados como bispos nas dioceses supracitadas e são considerados como marcos no pensamento ultramontano brasileiro. A princípio, realizamos uma análise do discurso desses bispos. A partir daí, fizemos uma análise histórica da reforma religiosa na Europa ao longo dos tempos até atingir a América Portuguesa para, depois, fazer um estudo acerca dos discursos ultramontanos desses religiosos durante o período de sua administração das dioceses. A partir de então, definimos suas diferenças e semelhanças, partindo da perspectiva ultramontana desses personagens e tendo como documentação a discutir as cartas pastorais, a verificação das visitas pastorais e, também, a produção literária desses bispos. Desse modo, podemos conceber que esses personagens encontraram grande apoio das associações religiosas construídas nas dioceses. Daí a grande importância de verificar o discurso propagado pelos leigos que aderiram ao ultramontanismo no século XIX, tendo como principal documentação os jornais divulgados por esses ultramontanos nas referidas dioceses, bem como os documentos produzidos pelas associações católicas. Portanto, o grande intuito foi verificar como se comportava o discurso ultramontano dos bispos, bem como da população leiga. Através desse estudo, analisamos não o discurso institucional propagado pelo ultramontanismo, mas também ideais que ao mesmo tempo eram perspectivas particulares desses bispos e dos leigos. Esta análise nos proporcionou a compreensão de homens inseridos em seu tempo, num contexto histórico amplo, mas também cônscios de que eram pessoas dotadas de experiências e expectativas particulares que se fizeram presentes ao longo da análise documentária. Constatamos, então, que os estudos acerca do ultramontanismo consolidados dentro da historiografia carecem de mais perspectivas de análises