Quando as capas de álbuns contam uma história: estudo semiótico do percurso de Taylor Swift

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Regis, Victor de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22337
Resumo: O trabalho analisa, com base nos pressupostos da semiótica, como a construção discursiva da imagem das cantoras pop norte-americanas apresenta um percurso regular, aqui tomado como uma narrativa. Considerando a capa dos álbuns musicais como textos que condensam essas narrativas, a pesquisa estabelece como corpus as capas dos nove álbuns de estúdio lançados, entre 2006 e 2020, pela cantora Taylor Swift, agraciada duas vezes com o Grammy de álbum do ano e recordista de vendas nos anos de 2009, 2014, 2017, 2019 e 2020. Para segmentar a análise, propõe-se uma divisão das capas em três conjuntos (fases), cada um deles composto por três capas, agrupadas por similaridade estética, narrativa e temático-figurativa. O exame das capas, tomadas como textos sincréticos por colocarem em relação elementos visuais e verbais, é realizado a partir dos três níveis do percurso gerativo de sentido do plano do conteúdo: fundamental, narrativo e discursivo. São consideradas também, na análise, as particularidades do plano de expressão das capas e as relações entre expressão e conteúdo. A análise sustenta que a oposição natureza vs cultura está na base da construção do sentido desses textos. Tal oposição se complexifica e se converte ora em valores como sucesso e fama, atrelados à negação da natureza, ora como a busca pela identidade que aparece atrelada à natureza, por exemplo. Movimentos de negação e de afirmação da natureza e da cultura alternam-se nas três fases em que o corpus foi dividido e, no nível discursivo, concretizam-se em percursos temático-figurativos em que juventude, ingenuidade e leveza, dão lugar ao visual urbano que concretiza a força e a maturidade na entrada da cantora para o cenário pop. A terceira fase, composta pelas capas dos três últimos álbuns, projeta uma imagem mais complexa da artista, concretizada nas oposições e oscilações entre peso e leveza, abertura e fechamento, etéreo e terreno. A análise comprova a adequação do modelo teórico da semiótica para compreensão de mecanismos usados pela indústria da fama e das celebridades, marcados pela previsibilidade e massificação