Uma História Social do estrelato no pop/rock: David Bowie, Elton John e a segunda metamorfose da fama no século XX.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: FARIAS, Elton John da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35497
Resumo: Esta Tese investiga como os cantores britânicos David Bowie e Elton John e os álbuns The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars, de 1972, e Goodbye Yellow Brick Road, de 1973, possibilitam a escrita de uma História da Fama a partir dos debates sobre questões relativas ao sistema do estrelato, à cultura da personalidade e à performance midiática e à ideia de que na e a partir da década de 1970 foi possível pensar numa transformação histórica que gerou o que chamo de segunda metamorfose da fama no século XX. Defende-se que houve uma primeira, que se estendeu entre as décadas de 1910 e 1960, e que teve predominância cinematográfica na fabricação de sujeitos célebres na sociedade de massas; defende-se, ainda, que a partir dos anos 1970 até os anos finais do citado século houve uma ruptura com o predomínio cinematográfico, ocorrendo uma preponderância fonográfica de ascensão de sujeitos famosos, especialmente rockstars. Em um primeiro momento, analisa-se como a música pop/rock em geral, entre os anos de 1958 e 1976, lidou com essa transformação social. Numa segunda oportunidade, avaliase a hiperexposição célebre na „Década do Eu‟ e o protagonismo do estilo musical glam/ glitter rock durante aquele período, além de momentos de hype nas carreiras de David Bowie e Elton John. Depois, percebe-se como o citado estilo é parte significante de uma transição dos anos 1960 para a década seguinte ao ter realizado uma ressignificação da contracultura com uma roupagem completamente distinta da que outros estilos de pop/ rock fizeram. Desde a oportunidade anterior que os álbuns musicais privilegiados pela pesquisa são vistos mais a fundo, o que se intensifica no quarto ensejo, onde se efetua um olhar mais direto sobre os conceitos de transgressão, alegoria, androginia e exagero Camp tendo tanto as artes de capas quanto os produtos fonográficos como base analítica. Numa última empreitada, debatem-se os contextos de criação de personas e alter-egos naquelas obras musicais e como a performance acaba sendo fundamento essencial para o estabelecimento da aqui chamada segunda metamorfose da fama no século XX.