DAS JORNADAS DE JUNHO ÀS OCUPAÇÕES DAS ESCOLAS (2013-2016): REVOLTAS DA JUVENTUDE BRASILEIRA EM TEMPOS DE CRISE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Taquetti, Camila Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Doutorado em Política Social
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas
UFES
Programa de Pós-Graduação em Política Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/15009
Resumo: O principal objetivo desta pesquisa é analisar as formas de ação e organização política dos movimentos contestatórios urbanos da juventude brasileira que emergiram de forma particular com a explosão da onda nacional de revoltas composta pelas Jornadas de Junho de 2013 e Ocupações das Escolas ocorridas entre 2015 e 2016, no contexto de acirramento das crises, econômica e política, para verificar se esses movimentos se caracterizam pela reinvenção das expressões políticas de resistência social reveladas nas lutas antecedentes do século XX. Como objetivos específicos, buscou-se verificar: as condições sócio-históricas que possibilitaram a constituição e a ascensão desses movimentos urbanos; a configuração do Movimento Passe Livre (MPL) e do coletivo “O Mal Educado” (OME) em seus aspectos ideológicos, suas perspectivas político-organizativas e ações desenvolvidas; a relação e a interação do MPL e do OME junto aos movimentos sociais tradicionais de esquerda antes de 2013 e no processo de intensificação das lutas; a incidência desses coletivos autonomistas de São Paulo nas jornadas de junho e nas ocupações das escolas e, por fim, as formas de ação política utilizadas pelos movimentos urbanos da juventude para verificar se essas se caracterizam pela reinvenção de tendências político-organizativas reveladas nas lutas antecedentes no século XX. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com ex-militantes do MPL e do OME, cujo conteúdo foi analisado à luz do arcabouço teórico que permeou a discussão da crise capitalista a partir do referencial marxista, além da perspectiva história das ações coletivas e das circunstâncias de revolta, com destacada atuação da juventude no mundo a partir da década de 1960 até a onda de rebeldias reativas à crise no início do século XXI. E, por fim, também situamos a discussão apontando a conjuntura brasileira impulsionadora da onda de revoltas da juventude entre 2013 e 2016, quando se revela em caráter nacional as tentativas de reinvenção das formas de ação e organização sociopolítica.