Marcas de uma escrita de si no cinema de Lucia Murat

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Ursula Dart Bottrel do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Mestrado em Comunicação e Territorialidades
UFES
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/11194
Resumo: Este estudo parte da premissa de que a cineasta Lucia Murat reterritorializa suas memórias, seus traumas e suas histórias pessoais em seus filmes, inscrevendo-se neles. Entendemos que ela utiliza como principal estratégia para essa inscrição a escrita de si que encontramos marcada mais profundamente em três obras de sua filmografia: Que bom te ver viva (1989), Uma longa viagem (2011), A memória que me contam (2012). Nessa trinca de filmes, Lucia enreda suas memórias às dos personagens, autorretratando-se naqueles retratos filmados. A partir disso, nosso objetivo é analisar de que maneira essa escrita de si está marcada nesses trabalhos, considerando as soluções estéticas e estilísticas adotadas pela cineasta em suas realizações e de que maneiras essas soluções podem dialogar com as noções de desterritorialização. Para isso, partimos do entendimento de que Lucia Murat ocupa, simultaneamente, as posições de cineasta e personagem, colocando-se diante dela mesma, provocando tensões nos limites tênues entre lembranças e esquecimentos, passado e presente, entrecruzando tempos, espaços e subjetividades, limites que são estirados radicalmente em vários momentos dessa tríade.