Componente celular inflamatório no local da fixação de carrapatos adultos Rhipicephalus sanguineus LATREILLE, 1806 em cães imunizados com o antígeno Bm86

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Furlan, Bruna Nucci [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96000
Resumo: A imunização dos hospedeiros contra carrapatos tem sido considerada como uma alternativa promissora. Vacinas contendo o antígeno Bm86 (Gavac®, TickGard®) foram desenvolvidas originalmente para controlar infestações de Rhipicephalus Boophilus microplus. Como recentes estudos filogenéticos mostraram que o gênero Rhipicephalus inclui todas as cinco espécies de Boophilus, o papel protetor do antígeno Bm86 em cães imunizados e desafiados com carrapatos Rhipicephalus sanguineus foi testado previamente neste laboratório. Dando continuidade, o presente estudo teve como objetivo descrever o componente celular inflamatório no local de fixação do carrapato em cães imunizados com o antígeno Bm86 e desafiados com carrapatos adultos R. sanguineus. Para tanto, cães SRD (n=8), foram distribuídos em dois grupos (não vacinado e vacinado) e receberam duas doses de 50 g do antígeno Bm86 (Hebercan®) ou placebo, com 21 dias de intervalo. Cada animal foi desafiado com 55 carrapatos adultos 15 dias após a última dose e biopsias da lesão de fixação dos carrapatos foram coletadas as 48, 96, 144 e 192 horas após sua fixação. Os fragmentos foram então processados histologicamente e as secções coradas com hematoxilina-eosina e Giemsa. Nos animais vacinados predominaram neutrófilos, eosinófilos e mastócitos na 48ª hora PF, enquanto que nos não vacinados houve predomínio de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos. Com o decorrer da infestação, observou-se um infiltrado celular mais intenso a partir de 96h PF, atingindo as camadas mais profundas da derme, sendo composto principalmente por neutrófilos e linfócitos nos vacinados, e eosinófilos, linfócitos e neutrófilos nos não vacinados. Concluiu-se que o antígeno Bm86 administrado em cães interfere na resposta inflamatória induzida por R. sanguineus