Descobrindo as insignificâncias: um olhar para o jovem em situação de sofrimento psíquico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Holanda, Ana Raquel Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: CCSAH
Brasil
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas - CCSAH
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/3256764275787933
http://lattes.cnpq.br/9755784403432762
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11135
Resumo: Disserto sobre a juventude na política de saúde mental em uma perspectiva que alia o reconhecimento dos contextos sociais e as vozes dos próprios jovens. Ainda que exista um marco legal, a construção de uma política em saúde mental voltada para os jovens que considere suas particularidades é um desafio. Partindo desse pressuposto, neste trabalho escrevo sobre uma pesquisa desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil compondo uma narrativa em diálogo com a poética de Manoel de Barros que se construiu a partir das minhas inquietações como pesquisadora. O caminho metodológico neste pesquisar escolhido se ancora, em seus pressupostos e práticas possíveis, na pesquisa qualitativa circunscrita no formato de pesquisa-intervenção com uma escrita narrativa em primeira pessoa. Por ser intervenção, me baseio na premissa de que a pesquisa não deve ser apenas uma atividade teórica, mas também uma forma de intervir com a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos com o pesquisar. Compreendendo que intervir na pesquisa é possibilitar a produção de subjetividades e de invenções [de si no mundo], foram realizadas seis oficinas que aconteceram entre os meses de novembro e dezembro de 2022. Os participantes da pesquisa foram os jovens que frequentam o CAPSi Enfª Maria de Fátima Araújo Fernandes de Medeiros, localizado na cidade de Mossoró- RN. A cada encontro os jovens foram convidados a produzir conhecimento e expressar emoções, subjetividade e pertencimento. No total, 11 jovens e seus respectivos responsáveis concordaram em participar da pesquisa. Para análise e discussão do material colhido durante as oficinas, consideramos o método da cartografia por acolher a minha postura enquanto pesquisadora. Essa escolha metodológica subverte o sentido tradicional de método, sem “abrir mão” da orientação do percurso da pesquisa e priorizando o conhecimento. Como resultados de pesquisa, foi possível [re]conhecer nos jovens o humano em toda a sua complexidade. A cultura do diagnóstico [imposta em siglas e códigos] não consegue dar conta das profundezas e “insignificâncias”, pois existe uma experiência de vida maior e que vai além dos rótulos de transtorno e adoecimento. O cuidado em saúde mental, quando verdadeiramente social e comunitário, não pode ser restrito. É necessário contemplar questões específicas da juventude, reconhecendo suas singularidades e considerando o contexto social em que os jovens estão inseridos [com a família, na escola, com os amigos e em comunidade