Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ariana Elite dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-29052018-145117/
|
Resumo: |
As dificuldades de comunicação estão associadas a diversos transtornos, dentre eles, a esquizofrenia. Pensando na comunicação como instrumento de reinserção social de indivíduos com esquizofrenia, a fonoaudiologia surge com a proposta de ultrapassar a barreira dos transtornos do desenvolvimento pela construção de uma clínica psicossocial, fortalecendo a luta pela Reforma Psiquiátrica. Os objetivos do estudo foram verificar a efetividade da intervenção fonoaudiológica no comportamento comunicativo de indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia e avaliar a satisfação dos participantes do Grupo de Intervenção Fonoaudiológica (GIF), em relação às atividades propostas e à contribuição para o tratamento. Trata-se de um estudo longitudinal, quase experimental, de caráter quantitativo analítico-exploratório e qualitativo descritivo, no qual participaram 19 indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia, de ambos os sexos, com 19 a 59 anos de idade, e, no mínimo, cinco anos de escolaridade, usuários de um Centro de Atenção Psicossocial III (CAPS III), sendo que 14 indivíduos participaram do Grupo Experimental (GE), compondo o GIF e 5 indivíduos formaram o Grupo Controle (GC). O comportamento comunicativo foi avaliado através da Bateria MAC Be os depoimentos, analisados à luz da Análise de Conteúdo Indutiva. O GIF foi realizado em 2 sessões semanais, durante 12 semanas, totalizando 24 sessões. Após esse período, os indivíduos foram reavaliados. Os dados foram analisados através de estatística inferencial, por meio dos Testes Kolmogorov Smirnov; Teste t-Student; Teste de Wilcoxon, Teste não-paramétrico de Mann Whitney e o Teste de Correlação de Pearson. Utilizou-se o software estatístico R, versão 2.11.0. com nível de significância igual a 5%. No GE, foi possível observar que houve melhora no comportamento comunicativo após a intervenção fonoaudiológica em todas as tarefas avaliadas, exceto na tarefa de escrita. Já no GC, não foram observadas alterações significativas comparando a avaliação e a reavaliação após 12 semanas. Os depoimentos foram divididos nas seguintes categorias temáticas: \"Promovendo a Satisfação\"; \"Comunicando Com o Corpo\" e \"Estimulando a Autonomia\", podendo-se considerar que, segundo os participantes, o GIF promoveu a satisfação, a comunicação não verbal e a autonomia dos participantes. Foram evidentes os avanços no comportamento comunicativo após a participação no GIF, o que contribuiu também na interação social, trazendo satisfação e reforçando a autonomia, tão importantes na reabilitação psicossocial de pessoas com esquizofrenia. Com este trabalho, entende-se que a intervenção fonoaudiológica é efetiva na melhora do comportamento comunicativo de indivíduos com esquizofrenia e que a fonoaudiologia pode ampliar suas áreas de atuação, utilizando a comunicação como instrumento de socialização e contribuindo para a melhoria das condições de vida dessas de pessoas em sofrimento mental |