Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
FARIA, Elaine Dias de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
|
Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/344
|
Resumo: |
O ruído ambiental, também conhecido como poluição sonora, é considerado um problema de saúde pública e a exposição a ele está associada ao desenvolvimento de problemas de saúde. Por ser um agente estressor, afeta o sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino, podendo levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial. Este estudo de caso-controle pareado, desenvolvido no município de Itajubá – MG, buscou investigar a associação entre exposição ao ruído e ocorrência de HAS através da comparação entre indivíduos hipertensos e não hipertensos cadastrados nas unidades de saúde municipais. Os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário a uma amostra aleatória de 217 hipertensos, cadastrados no programa Hiperdia entre janeiro/2008 e abril/2014, e 217 não hipertensos escolhidos conforme critérios pré-estabelecidos. Aplicou-se a técnica de regressão logística condicional para a identificação das variáveis significantes e controle das variáveis de confusão para a ocorrência de hipertensão arterial. Na análise univariada, as variáveis consideradas significantes foram: crença religiosa (RC=0,29 IC95%:0,06–1,38); analfabetismo ou baixa escolaridade (RC=1,41 IC95%:0,92–2,14); atividade física (RC=0,76 IC95%:0,50–1,16); ingestão excessiva de sal (RC=0,64 IC95%:0,36–1,16); ingestão de chá mate (RC= 1,67 IC95%: 0,73–3,81); diagnóstico de diabetes (RC=2,10 IC95%:0,99–4,46) e histórico de hipertensão familiar (RC=1,53 IC95%:0,98–2,39). Como modelo de ajuste mais adequado, permaneceram as seguintes variáveis: diagnóstico de diabetes (RC=2,46 IC95%:1,12–5,42), histórico de hipertensão familiar (RC=1,62 IC95%:1,02–2,58), analfabetismo ou baixa escolaridade (RC=1,65 IC95%:1,05–2,59) e atividade física (RC=0,61 IC95%:0,39–0,96). A associação entre exposição ao ruído ambiental e ocorrência de HAS não foi verificada. Observou-se que o diabetes, o histórico de hipertensão familiar e o analfabetismo ou baixa escolaridade constituem como fatores de risco significativos na gênese da HAS, enquanto a prática de atividade física figurou como fator de proteção. Apesar de a variável “exposição ao ruído” não ter sido significante no modelo final, o ruído ambiental é um fator de risco importante na gênese de outros agravos. Outras pesquisas sobre o tema, que superem as limitações do presente estudo, devem ser encorajadas. |