Estudo da associação entre Exposição ao Ruído e Hipertensão Arterial entre professores.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: PIMENTA, Angelita de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/141
Resumo: A exposição ao ruído em ambientes e processos de trabalho se constitui como um fator de risco consolidado na literatura epidemiológica, sobretudo tendo como desfecho a perda auditiva. No entanto, uma vez, que o ruído é um agente estressor, pode levar à hipertensão arterial sistêmica (HAS). Este estudo seccional buscou investigar a associação entre exposição ao ruído e ocorrência de HAS entre professores da rede pública da cidade de Divinópolis, MG. A partir da revisão bibliográfica, foi aplicado questionário a uma amostra aleatória de 150 professores. Foi empregada dosimetria de exposição ao ruído entre os sujeitos da amostra. A técnica de regressão logística não-condicional foi aplicada para a identificação das variáveis significantes e controle das variáveis de confusão para a ocorrência de hipertensão arterial. Na análise univariada, as variáveis consideradas significantes foram: tabagismo (RC=6,4 IC95%:2,41- 16,80); idade (RC= 1,05 IC95%:1,00–1,10); esforço físico (RC=0,27 IC95%:0,06–1,21); cargo (RC=0,43 IC95%:0,19–1,00); cor da pele (RC= 3,27 IC95%: 0,98 – 10,92); uso de sal (RC=2,05 IC95%:0,79 - 5,29); autonomia (RC=1,96 IC95%:0,79–4,88); cintura (RC=1,83 IC95%:0,79–4,22); incômodo com ruído em casa (RC=2,04 IC95%:0,75–5,52) e incômodo com ruído no trabalho (RC=1,79 IC95%:0,77–4,16). Como modelo de ajuste mais adequado, permaneceram as seguintes variáveis: tabagismo (RC=5,41 IC95%: 1,84–15,91 ) e esforço físico (RC=0,20 IC95%:0,04–0,97). A prevalência de HAS em professores encontrada neste estudo foi de 18%. No entanto, a associação entre exposição ocupacional ao ruído e ocorrência de HAS não foi verificada. Foi observado que o tabagismo se constitui como fator de risco muito relevante para HAS, enquanto que o esforço físico realizado no trabalho apareceu como fator de proteção. Apesar de a variável “exposição ao ruído” não ter sido significante no modelo final, observou-se que os valores estão acima dos limites de exposição, justificando a adoção de medidas preventivas. Outros estudos, com a superação dos limites discutidos, devem ser encorajados a analisar o tema.