Do findar de uma carreira à velhice inativa: Uma distância a percorrer ou o “fim da linha”?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Regiane Santos Flauzino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade
Departamento: IRN - Instituto de Recursos Naturais
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/212
Resumo: Trata-se de um estudo que visa compreender os resultados das relações de trabalho em sujeitos aposentados de meia-idade, ainda produtivos, de uma empresa do setor energético, desconstruindo o conceito de uma vila operária como morada e a necessidade desses sujeitos de refazer seu projeto de vida. O estudo focaliza a problemática de uma aposentadoria que os leva a uma quase morte social no trânsito do espaço público para um espaço privado ainda indefinido. Neste sentido aponta a necessidade da reflexão a respeito da identidade colocandose em questão a temática da vivência dupla em ambientes organizacionais: vila e empresa. A problemática deste estudo questiona os impactos, por ocasião da aposentadoria, da intersecção entre a vida particular e a vida do trabalho. Neste esforço pretende-se adentrar em clássicos que discorram sobre o marco conceitual-ideológico sobre a categoria de identidade, explorando as estruturas sociais que formam o sujeito na comunidade em que está inserido, considerando que as tramas do dia-a-dia doméstico se misturam aos olhares da empresa. No intuito de entender o cotidiano do vilense e suas influências, estuda-se o conceito de vila operária bem como a dinâmica da vila em questão. A saída do aposentado, analisada da perspectiva identitária, leva em consideração as perdas do sujeito considerado habitante de um plano onde se manifestava o paradoxo da segurança, oferecida pela empresa, e da orfandade, na ausência destas estruturas. Voltando-se para o sujeito, procura-se através da metodologia da História Oral, uma escuta sensível a fim de capturar as singularidades do sujeito e as substâncias que compuseram a sua partida da vila. Neste processo de transição, busca-se a observação do sujeito de pesquisa a partir de uma proposta interdisciplinar, refletindo no programa atinente, o desenvolvimento social a partir da perda de autonomia do sujeito, docilizado pela estrutura da organização do trabalho.