Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
THEODORO, Luiz Carlos Lisboa |
Orientador(a): |
HADDAD, Jamil
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Engenharia de Energia
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Departamento: |
IEM - Instituto de Engenharia Mecânica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3196
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Resumo: |
Desde o tempo em que o primeiro negro aqui chegou, sobrevivente da desumana viagem nos navios negreiros, as desigualdades sociais, econômicas e raciais acompanham a história do Brasil, difundindo-se nos locais onde os descendentes de africanos puderam sobreviver: nas terras menos férteis, nas favelas e em qualquer parte hoje mais pobre do país, onde, não por acaso, a miséria é acompanhada de uma predominante descendência não européia. Com base nessa constatação, o presente trabalho tem como principal objetivo discutir e propor, de maneira articulada, ações em parceria – de governo, empresas, organizações não governamentais (ONGs), comunidades, universidades e órgãos de fomento – capazes de viabilizar a construção de projetos de produção de energia que sejam indutores de desenvolvimento sustentável em comunidades de baixa renda, constituídas, em sua maioria, de afrodescendentes, de modo a contribuir com a diminuição dos bolsões de miséria e exclusão, onde, hoje, habitam os tataranetos dos que aqui chegaram naqueles navios. A escolha da comunidade rural de remanescentes de quilombos Kalunga, em Goiás, e da comunidade urbana da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, como as duas populações a serem alvo dos projetos propostos neste trabalho, decorreu do resultado de um estudo prévio, conduzido pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, voltado para a identificação de comunidades representativas, uma rural e outra urbana, do atual perfil socioeconômico de populações de maioria afrodescendente no país e que possuam condições estruturais mínimas que lhes permitam participar efetivamente da gestão de projetos voltados para seu desenvolvimento. Nesse sentido, ambas as comunidades se enquadraram em todos os requisitos do estudo, por possuírem associações de moradores bem organizadas e representativas, que já dialogam com organizações não governamentais (ONGs) e, ainda, com organizações da sociedade civil consideradas pelo governo como de interesse público (OSCIPs), o que lhes confere algumas prerrogativas legais e facilidades comparativas para reivindicarem apoio institucional e financeiro junto a órgãos governamentais. |