Plataformização da educação: uma análise de plataformas utilizadas para atuação docente na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: GUEDES, Mariane Ignácio lattes
Orientador(a): RODRIGUES, Alessandra lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Educação em Ciências
Departamento: IFQ - Instituto de Física e Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/4176
Resumo: A cultura digital e seus impactos na sociedade são fortes componentes da atualidade. A partir da utilização excessiva das plataformas virtuais nesse cenário de digitalização da vida cotidiana, surge o fenômeno da plataformização, que vem influenciando também os contextos educacionais e fazendo emergir desafios. Um deles é a necessidade de desenvolvimento de competências que possibilitem o exercício pleno da cidadania em uma sociedade cada vez mais conectada e influenciada pela cultura digital. Um eixo fundamental que perpassa essa discussão pode estar no entendimento sobre as características das plataformas acessadas pelos(as) professores(as) para a busca, o acesso e a utilização de conteúdos em sua atuação docente. Nesse contexto, a pesquisa buscou caracterizar as plataformas utilizadas por docentes da microrregião de Itajubá como fontes para consulta e para utilização na prática pedagógica. A coleta de dados para o levantamento das plataformas foi realizada por meio de um questionário e a análise dos dados obtidos se sustentou nos pressupostos da pesquisa qualitativa. Os resultados permitem identificar dois tipos básicos de plataformas usadas nos contextos educacionais: o primeiro envolve as plataformas que chamamos de “educacionais”, criadas e desenvolvidas para essa finalidade de uso; o segundo envolve as plataformas que não possuem necessariamente um enfoque educacional e/ou didático-pedagógico, mas são utilizadas por professores(as) para a busca de informações e/ou conteúdo científico e também para sua atuação docente, as quais denominamos de “não-educacionais”. Os resultados deste estudo também indicam que é cada vez mais comum a utilização das plataformas pelos(as) docentes nos processos de ensino e aprendizagem, e que as plataformas mais utilizadas para tal finalidade são as que chamamos de “não-educacionais”, dentre as quais destacam-se alguns canais do YouTube. Com esse cenário definido, foi desenvolvida uma matriz analítica pautada nos referenciais teóricos utilizados para o desenvolvimento da pesquisa e voltada aos canais do YouTube mais indicados pelos(as) docentes, contendo cinco blocos: apresentação, monetização, inclusão, educação e relevância científica. As análises da aplicação da matriz indicam que "apresentação" e "inclusão" foram os blocos mais contemplados, destacando a acessibilidade básica, como legendas automáticas. No entanto, os blocos "educação" e "relevância científica" ainda não são amplamente representados, com poucos canais idealizados por educadores(as) ou voltados aos currículos. Destaca-se também nos canais uma preocupação com a precisão científica, mas com ausência de conteúdos que incluam análises de pesquisas publicadas, evidenciando uma lacuna na educação científica. Por fim, as escolhas dos(as) docentes mostram uma tendência em integrar as TDIC em sua atuação, apesar dessas limitações. Esperamos que a matriz desenvolvida possa contribuir como ferramenta de apoio fomentando uma cultura educacional mais consciente, segura e responsável, em especial, nos espaços virtuais, fortalecendo também entendimentos acerca do fenômeno da plataformização da educação e de suas possíveis implicações para o ambiente educacional.