Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
MODENEZE, Caroline Seriani
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Orientador(a): |
ANDRADE, Sandro José de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Multicêntrico em Química de Minas Gerais
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Departamento: |
IRN - Instituto de Recursos Naturais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3377
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Resumo: |
Temas de sustentabilidade e produtividade estão cada vez mais em alta, devido ao aumento constante das demandas e às diretrizes globais guiando para um mundo cada vez mais sustentável, sempre considerando o ganho de tempo. No âmbito farmacêutico, esses temas também se fazem presentes, exigindo-se metodologias cada vez mais rápidas e menos tóxicas e nocivas ao meio ambiente. Um dos medicamentos com maior produção e consumo mundiais é a Aspirina®, um dos fármacos mais tradicionais do mercado farmacêutico. Com seu alto volume de produção e consumo, consequentemente grandes volumes de análises, alto gasto de solvente e tempo requerido, faz-se necessário e importante o desenvolvimento de metodologias mais ágeis e com menor utilização de solventes. Além do viés de redução de uso de orgânicos, é de conhecimento geral a crise de acetonitrila que vem acontecendo há alguns anos, tendo sido intensificada no último ano e continuado no ano atual. Com isso, também é importante que se trabalhe com metodologias que reduzam ou eliminem o uso de acetonitrila como solvente, extinguindo o risco de comprometimento das análises por falta deste solvente. Dessa forma, a metodologia analítica foi desenvolvida com uma coluna de bloco monolítico Chromolith High Resolution RP-18 100mm x 4,6mm, com 2 mL.min-1 de fluxo em uma composição de 38% de etanol e 62% água acidificada com ácido fosfórico, temperatura de 30°C, 10 μL de volume de injeção em um tempo de corrida de 3,5 minutos. Para a validação, foram realizados os ensaios de seletividade, linearidade, precisão, exatidão, limites de detecção e quantificação. A seletividade apresentou resultados dentro dos padrões aceitáveis, utilizando como placebo o Parteck® SI 200, já que não houve nenhum interferente no mesmo tempo de retenção do ácido acetilsalicílico. A curva de calibração se apresentou linear, com coeficiente de correlação maior que 0,99. Ensaios de precisão foram avaliados pela repetibilidade e reprodutibilidade, que apresentaram coeficientes de variação de 0,36% e 0,55%, respectivamente. A exatidão também apresentou resultados dentro dos critérios de aceitação estipulados pela RDC n°166/2017, onde foram avaliadas a recuperação em 80, 100 e 120% (400, 500 e 600 mg/comprimido). Limites de detecção e quantificação também foram avaliados, apresentando valores de 0,04 mg.mL-1 e 0,52 mg.mL-1. Portanto, o método desenvolvido pode ser aplicado com sucesso para análises de teor em comprimidos de Aspirina®. Além disso, a metodologia desenvolvida foi medida quanto ao caráter verde, sendo avaliada por quatro métricas: estrela-verde, NEMI, AGREE, eco escala analítica e análise de custo e tempo. Pela estrela-verde, a metodologia desenvolvida atende à 5 princípios da Química Verde frente à 2 princípios atendidos pela metodologia farmacopeica. Pela NEMI, 3 quadrantes preenchidos frente a 2 quadrantes do método original e uma pontuação de 93 na eco escala analítica frente à 80 pontos da farmacopeia. Pela AGREE, a metodologia verde apresentou um score de 0,67 versus 0,35 do método original, comprovando também o maior caráter verde da metodologia desenvolvida. Além disso, apresentou uma redução de 72,5% (de R$51,78 para R$14,24 considerando 15 corridas) de custo e 65% de tempo (de 10 minutos para 3,5 minutos) em relação à metodologia farmacopeica. |