Preparação e caracterização de micropartículas baseadas em polissacarídeos com potencial de aplicação como sistema de dosagem de drogas terapêuticas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FLAUZINO JÚNIOR, Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: IFQ - Instituto de Física e Química
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/669
Resumo: A quitosana (QUI) é um biopolímero biocompatível e biodegradável, apresentando em sua estrutura grupos amina (-NH₂) protonáveis (-NH₃+), os quais lhe conferem caráter catiônico e por isso na presença dos grupos carboximetil (-CH₂-COO-) da carboximetilcelulose (CMC) estabelecem interações iônicas. Pelo fato destes polímeros apresentarem cargas em sua estrutura macromolecular são chamados de polieletrólitos. O presente trabalho tem como objetivo principal produzir um complexo polimérico polieletrólitico (CPE) em forma de micropartículas, a partir da interação iônica entre estes polímeros (QUI-CMC). Primeiramente, foi caracterizada a QUI, determinando sua massa molar viscosimétrica média que foi de 1,47*10⁵ Da e o grau de desacetilação de 92,53%. A formação das micropartículas do CPE (CHI-CMC) foi realizada através de técnica de emulsão água/óleo, usando também dois agentes de entrecruzamento, um iônico o tripolifosfato de sódio (STPP) e outro covalente o glutaraldeído (GLA). Após a formação das micropartículas de CEP (QUI-CMC), (QUI-CMC) com STPP e (QUI-CMC) com GLA estas foram caracterizadas por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), análise termogravimétrica (TGA), calorimetria diferencial exploratória (DSC) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). O espectro de FTIR confirmou a formação da micropartícula de CPE (QUI-CMC), através do deslocamento de bandas características dos polímeros puros como consequência da interação iônica no CPE (QUI-CMC). A formação da micropartícula de CPE (QUI-CMC) mostrou um comportamento térmico diferente dos polímeros puros, mostrando maior estabilidade térmica. Também se observou que o uso de agente de entrecruzamento aumenta a estabilidade térmica das micropartículas. O MEV confirmou a formação da micropartícula, mostrando que a morfologia é aproximadamente esférica e que o caráter esférico desaparece quando se usam os agentes de entrecruzamento, ainda mais se estes se entrecruzam através de ligação covalente, como foi o caso do GLA. A micropartícula foi carregada com um fármaco modelo, o metronidazol, e estudado o perfil de sua liberação em meios de diferentes pH à temperatura de 37ºC. A liberação foi influenciada pelo pH sendo maior a pH=6,8 e no sistema CPE (QUI-CMC) sem agente de entrecruzamento.