Disposição espacial de Mimosa tenuiflora, Piptadenia stipulacea e Cnidoscolus quercifolius inermes espontâneas.

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: FERREIRA, Maria Beatriz.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR; PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS; UFCG
• Palavras-chave em Português: Mimosa tenuiflora - disposição espacial; Piptadenia stipulacea - disposição espacial; Cnidoscolus quercifolius - disposição espacial; Acúleos; Pelos urticantes; Caatinga; Bioma Caatinga; Inventário florestal; Jurema Branca; Jurema Preta; Favela; Plantas da caatinga; Mimosa tenuiflora - spatial arrangement; Piptadenia stipulacea - spatial arrangement; Cnidoscolus quercifolius - disposition; Space; Accules; Stinging hairs; Caatinga Biome; Forest Inventory; Shanty town; Caatinga plants; Ciências Florestais.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22045

A vegetação de caatinga é composta principalmente por espécies lenhosas decíduas de pequeno porte, e muitas apresentam acúleos, como a Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret e a Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke, ou pelos urticantes, como a Cnidoscolus quercifolius Pohl. Os acúleos e pelos urticantes representam uma estratégia para diminuir o consumo de suas ramas pelos herbívoros, e dificultam a exploração dessas espécies e causam injúrias aos animais de criação. Considerando que há indivíduos inermes dessas espécies em povoamentos naturais, este estudo objetivou determinar a densidade e o padrão de distribuição espacial desses exemplares adultos e regenerantes em uma área de Caatinga nativa sob pastejo bovino, além de propor a quantidade de mudas inermes dessas espécies que deve ser plantada para substituir os exemplares aculeados ou com pelos urticantes. O estudo foi realizado na Fazenda Experimental Nupeárido, PatosPB, Brasil, em uma área de 45 ha de caatinga nativa. Foram quantificados por espécie as M. tenuiflora, P. stipulacea e C. quercifolius inermes ou não com altura (H) superior a 0,50 m. Os indivíduos inermes de cada espécie com H > 50 cm e circunferência à altura do peito (CAP) < 6 cm (regenerantes) foram agrupados em 3 classes de altura. Os exemplares adultos (CAP ≥ 6 cm) inermes destas espécies e o seu respectivo vizinho adulto mais próximo aculeado ou com pelos urticantes foram mensurados quanto à H e à CAP. Foram coletadas as coordenadas de todos os exemplares inermes das três espécies. Foram observados 3270 indivíduos de M. tenuiflora (560 inermes, 275 adultas e 285 regenerantes), 111 de P. stipulacea (9 inermes, 4 adultas e 5 regenerantes) e 741 de C. quercifolius (13 inermes, todos adultos) na área de estudo. As médias de altura e diâmetro à altura do peito (DAP) dos indivíduos adultos inermes e do seu vizinho mais próximo com acúleos ou pelos urticantes de cada espécie não apresentaram diferenças significativas. As plantas inermes de M. tenuiflora (adultas e regenerantes), de P. stipulacea (regenerantes) e de C. quercifolius (adultas) mostraram padrão de agrupamento, enquanto o padrão aleatório de distribuição espacial foi observado para os exemplares adultos de P. stipulacea. A quantidade e a distribuição dos indivíduos inermes de M. tenuiflora, P. stipulacea e C. quercifolius sugerem a possibilidade de formar povoamentos com 100% de exemplares inermes pelo enriquecimento da vegetação arbórea com 60, 3 e 16 exemplares inermes/ha de, respectivamente, M. tenuiflora, P. stipulacea e C. quercifolius, seguida da extração recorrente do material lenhoso dos exemplares armados de acúleos ou pelos urticantes.