Redes sociais e dádiva: a construção dos vínculos sociais entre lideranças na Transamazônica-Pará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ALVES, Juliete Miranda.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/142
Resumo: O objetivo central deste trabalho consiste em analisar, através das redes sociais, os vínculos e as formas de retribuição constituídas na carreira de militantes das lideranças da Transamazônica e Xingu-Estado do Pará. Centralizamos nossa análise nas lideranças que construíram sua militância em movimentos sociais e se projetaram em entidades de classe, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRI regional) e o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (SINTEPP regional). O periodo selecionado para essa análise foi a partir da década de 1980, culminando com o momento de reorganização dos movimentos sociais na Transamazônica e Xingu. Consideramos, nestes vínculos, os sistemas de troca e retribuição, compreendidos como as alianças tecidas, as trocas realizadas e as formas de retribuição ao longo de suas trajetórias de militantes. Para tal análise, fundamentamo-nos na concepção de dádiva de Marcel Mauss (1872-1950) e sistematizada em sua obra Essai Sur le Don: Forme et Raison de l’Échange dans les Sociétés Archaiques, de 1925. A dádiva foi escolhida como perspectiva teórica porquanto ela é dotada de poder analítico capaz de explicar um dos aspectos mais significativos da tese: as noções de “aliança” e “vínculo” presentes nas redes tecidas por essas lideranças. A metodologia adotada se baseia na análise das trajetórias de lideranças vinculadas à noção de carreira. Esta noção pretende dar conta de um modelo processual ou sequencial da ação militante, considerando as redes sociais tecidas nas trajetórias das lideranças. Compreendemos, nesta pesquisa, que a adesão, engajamento, longevidade e extensão da militância dessas lideranças são fundadas mediante variadas formas de reconhecimento, baseadas, sobretudo, na obrigação moral de retribuição.