Dinâmicas culturais e relações de reciprocidade no Vale do Amanhecer: um estudo de caso sobre o templo de Campina Grande-PB.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6256 |
Resumo: | Tomamos como objeto de estudo um movimento místico-esotérico recente, que em cerca de 40 anos, ergueu mais de 600 templos no Brasil e no Mundo: O Vale do Amanhecer - VDA. Partimos do pressuposto de que o VDA e um componente da New Age, que no Brasil, adquire uma face própria, emergindo de forma plural e eminentemente sincrética e em constante dialogo com as religiões já estabilizadas no campo religioso a qual denominamos New Age Popular (NAP). Com base em Caille, Martins, Maluf, Amaral, Bourdieu , dentre outros autores, analisamos as dinâmicas culturais vivenciadas no Vale do Amanhecer no núcleo Campina Grande com o objetivo de verificar como se da o processo de criação de um novo habitus entre os sujeitos, evidenciando, sobretudo, as maneiras através das quais a realidade constituída nos diferentes campos e ao mesmo tempo reforçada e contestada. A dinâmica instaurada pelo Vale do Amanhecer e marcada pelos processos de "cura". No decorrer de nossa pesquisa, percebemos que a enfase se dá sobre os chamados problemas espirituais que incluem tanto problemas emocionais, quanto afetivos, de trabalho etc. No VDA, a doação de um "serviço espiritual" tem como retribuição o reconhecimento de quem o recebe. Chegamos a conclusão de que embora se trate de uma categoria do sagrado, a eficacia e a explicação da cura encontram-se principalmente no campo terreno e, que, os deslocamentos dos sujeitos pelos diversos campos - no sentido que coloca Bourdieu (2006) - influenciara na eficacia e na legitimidade da mesma. Em face desta realidade, a vivencia religiosa do templo de Campina Grande permite a formulação de um estilo de vida próprio entre os adeptos, configurando, assim uma nova forma de lidar com o sagrado, marcada pela fluidez e pela autonomia, porém, intermediada pela totalidade simbólica que permite que ao mesmo tempo o habitus seja uma estrutura estruturante e estruturada desta pratica religiosa. |