Entre as brincadeiras de roda e o encantamento dos poemas infantis: vivências literárias por alunos do ensino fundamental.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2586 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo geral, refletir acerca da utilização das cantigas de roda como iniciação à vivência literária. Para o desenvolvimento da pesquisa partimos do pressuposto de que antes de chegar à escola a criança já experimentou o poético através de algumas manifestações populares e que, quando inicia o seu processo de escolarização, há, muitas vezes, uma supressão dessas vivências para dar lugar ao inevitável processo sistemático e pedagogizante do aprendizado. Os objetivos específicos resumiram-se em três: orientar os professores no sentido de perceberem que antes da chegada ao ambiente escolar as crianças já vivenciaram algum tipo de experiência poética; demonstrar a importância de um trabalho com o poético desvinculado dos objetivos doutrinários e utilitaristas e observar, relatar e refletir acerca das experiências literárias dos alunos com as cantigas de roda e com os poemas infantis de alguns autores modernos. Para a coleta de dados fez-se necessário passar aproximadamente quatro meses observando o cotidiano escolar de crianças de 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, em duas escolas municipais, na cidade de Campina Grande, registrando os acontecimentos em diário de campo, fotografando e gravando em MP3 os momentos de interação juntamente aos estudantes. As bases teóricas consultadas para o seguimento da pesquisa foram principalmente às relativas a estudos sobre algumas manifestações folclóricas infantis, bem como a investigação de concepções teóricas referentes à literatura brasileira destinada a esse público, principalmente sobre o gênero poema infantil. Além desses lineamentos teóricos, fundamentamos as nossas conjecturas na Estética da Recepção, para assim melhor refletirmos sobre as diversas reações dos alunos diante dos textos sugeridos para o trabalho. Com o material recolhido em campo verificou-se como e qual é o espaço que a escola tem reservado para as brincadeiras poéticas. Ao término, confirmou-se o quanto pode ser significativo o trabalho com a leitura literária nas escolas, se ele for conduzido de modo atraente e contínuo. A receptividade demonstrada pelos alunos nas duas escolas, nos indica que o diferencial para que as crianças possam se sentir convidadas à vivência dos textos poéticos, é o modo como a experiência literária lhes é proporcionada: se ela for oferecida sem pretexto para ensinar algo que esteja relacionado aos conteúdos curriculares, certamente terá maior chance de aproximar os leitores/ouvintes. Espero que este trabalho, não pioneiro, possa contribuir com o dia-a-dia de outros professores que buscam uma vivência diferenciada com a leitura literária nas escolas; que através das experiências aqui expostas possam continuar promovendo momentos efetivos e afetivos com a leitura de poemas e que, especialmente, possam perceber a importância da convivência com o poético na escola e tomar consciência de que são um dos principais responsáveis pelo (re)encontro da poesia com as crianças no ambiente escolar. |