Padronização de valores presumidamente normais para ultrassonografia ocular de cutias (Dasyprocta prymnolopha Wagler, 1831) e catetos (Tayassu tajacu Linnaeus, 1758).
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25566 |
Resumo: | A ultrassonografia é uma importante ferramenta de diagnóstico que permite avaliar aspectos anatômicos e hemodinâmicos de diversos órgãos. Objetivou-se com este estudo realizar a ecobiometria ocular e mensurar os índices dopplervelocimétricos da artéria oftálmica externa em cutias (Dasyprocta prymnolopha) e catetos (Tayassu tajacu). Adicionalmente é relatado um caso de catarata diagnosticada com o auxílio de ultrassom em uma cutia. Na realização dos exames ultrassonográficos foi utilizada a técnica transpalpebral, sendo na ecobiometria das cutias (capítulo I) obtidos os valores da espessura da câmara anterior (D1), espessura do cristalino (D2), espessura da câmara vítrea (D3) e o comprimento axial do bulbo ocular (D4), em seguida foi identificado o fluxo da artéria oftálmica externa para obtenção do índice de resistividade (IR). Os dados obtidos nas avaliações foram submetidos à análise estatística, adotando-se 5% de significância. Com base na metodologia empregada obtiveram-se os seguintes valores para o globo ocular direito e esquerdo, respectivamente em cutias: D1 - 1,28 ± 0,3 mm e 1,22 ± 0,1 mm; D2 - 8,27 ± 0,9 mm e 8,11 ± 0,9 mm; D3 - 5,35 ± 0,48 mm e 5,30 ± 0,47 mm e D4 - 12,7 ± 0,9 mm e 13 ± 0,68 mm. Os valores médios do IR foram 0,4305 ± 0,0390 e 0,4258 ± 0,0387 (olho direito e esquerdo, respectivamente), caracterizando uma baixa resistência. Para os catetos (capítulo II), seguiu-se a mesma metodologia, os valores foram (globo ocular direito e esquerdo, respectivamente): D1- 1,72 ± 0,29 mm e 1,76 ± 0,40 mm; D2 - 9,95 ± 1,08 mm e 10,6 ±0,99 mm; D3 - 7,42 ± 0,93 mm e 7,45 ± 0,72 mm; e D4 - 17,6 ± 0,78 mm e 17,8 ± 0,59 mm. Os valores do IR foram 0,435 ± 0,02 e 0,448 ± 0,02 (globo ocular direito e esquerdo respectivamente). Não houve diferença estatística entre o globo ocular direito e esquerdo em nenhum dos parâmetros estudados nas espécies supracitadas. O exame ultrassonográfico em modo B também foi utilizado para caracterizar o globo ocular de uma cutia (capítulo III) que apresentava isolamento, dificuldade de deambulação e opacidade bilateral no globo ocular. Ao realizar o exame foi possível observar aumento da ecogenicidade intralenticular bilateral com reforço posterior da lente, sem alterações adicionais. Com base nas características ultrassonográficas foi possível concluir que o animal apresentava catarata bilateral, sendo a técnica para o diagnóstico adotada eficiente e confiável para o diagnóstico. O uso da ultrassonografia em modo-B e o Doppler colorido permitiram a caracterização dos componentes anatômicos do globo ocular, a mensuração das estruturas oculares, a caracterização da catarata e o estudo hemodinâmico do fluxo da artéria oftálmica nos animais utilizados no estudo, possibilitando uma comparação entre os antímeros. Os dados aqui inferidos são presumidamente normais e servem de referência para as espécies estudadas, podendo ser aplicados na rotina oftalmológica, auxiliando no estadiamento de lesões, bem como servem de referência para estabelecer protocolos terapêuticos adequados. |