Mastite caprina e deficiência de vitamina E e selênio em ovinos na Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTOS JÚNIOR, Dinamerico de Alencar.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências Jurídicas e Sociais - CCJS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25485
Resumo: As enfermidades infecciosas e metabólicas dos pequenos ruminantes são grandes entraves para uma produção sustentável, principalmente a nível de nordeste. Dentre essas enfermidades, podemos destacar a mastite, principalmente nos rebanhos leiteiros e a deficiência de vitamina E e Selênio, acometendo principalmente os animais de corte. Esta dissertação foi dividida em dois capítulos. O primeiro foi submetido ao Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia caracterizando os aspectos clínicos e epidemiológicos da mastite caprina no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Nas mastites subclínicas, a correlação do CMT com o isolamento microbiano, a identificação dos patógenos, a idade de maior susceptibilidade à infecção, a persistência desta durante a lactação e testes de sensibilidade in vitro aos fármacos foram avaliados. Um total de 1990 amostras de leite foi submetida ao CMT, isolamento microbiano, exames bacterioscópicos e provas de identificação. O CMT apresentou correlação fraca com o isolamento microbiano. Foram identificadas 12,41% de infecções intramamárias e 248 isolamentos bacterianos com predominância de Staphylococcus spp. Nos casos de mastite clínica foram coletadas 85 amostras de leite, o que resultou em 34 isolamentos com predominância de Staphylococcus spp (44,11%) e Trueperella pyogenes (23,52%). Os maiores índices de resistência na mastite subclínica foram para penicilina (62,61%), tetraciclina (23,53%) e oxacilina (19,75%); nas mastites clínicas as maiores resistências foram para penicilina (40%) e oxacilina (13,33%). O segundo artigo foi submetido à Revista Ciência Rural, onde foi relatado um surto de deficiência de vitamina E e selênio em ovinos criados a pasto na região agreste da Paraíba, no município de Queimadas. Foi realizado exame clínico dos doentes e um animal que estava moribundo, foi eutanasiado e necropsiado. Os achados nos músculos esqueléticos são compatíveis com as características observadas na miopatia nutricional, caracterizadas por necrose e calcificação de miofibrilas. Foi verificada vasculite necrosante em arteríolas hepáticas e necrose hepatocelular de coagulação em hepatócitos, provavelmente desencadeadas pela peroxidação lipídica de membranas celulares. Foram tomadas medidas terapêuticas com suplementação mineral adequada para a espécie ovina o que promoveu melhora clínica dos animais que não apresentaram ainda decúbito esternal permanente. É de suma importância o estudo das doenças infecciosas e minerais no nordeste, pois essas representam um fator limitante na criação em pequenos ruminantes.